Venezuela liberta mais oito opositores, 44 no total
Na noite do último sábado, já haviam sido liberados outros 36 prisioneiros
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A Comissão da Verdade, criada pela Constituinte, recomendou no sábado à Justiça e ao presidente Nicolás Maduro que libertasse no Natal mais de 80 opositores detidos. "Ao governo interessa reduzir o número de presos políticos para reduzir o custo que representam. Mas ainda há 227 presos políticos, o número mais alto que em qualquer Natal", explicou Romero.
Na noite de sábado foi libertado o primeiro grupo. A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) celebrou a libertação dos "presos políticos" e destacou que "jamais deveriam ter sido privados de sua liberdade", pois "trabalhar para reconstruir um país arruinado pelo regime não é um crime".
Os mais de 80 opositores que se beneficiaram das medidas alternativas de privação de liberdade participaram de protestos contra o presidente Nicolás Maduro que deixaram 43 mortos em 2014 e outros 125 mortos este ano.
Entre os mais emblemáticos está o prefeito de Irribarren (Barquisimeto, estado de Lara), Alfredo Ramos, detido no final de julho e condenado a 15 meses de prisão, e vários policiais do município de Chacao (leste), reduto da oposição em Caracas.
Na madrugada desta segunda-feira, foram soltos oito jovens detidos durante as manifestações deste ano. A situação dos políticos detidos faz parte das negociações entre governo e oposição, na República Dominicana, para resolver a grave crise política e econômica que abala a Venezuela. "Não se pode utilizar os presos como moeda de negociação. Devemos exigir a libertação de todos", destacou Romero.