Venezuela reforça bloqueio de ponte na fronteira com Colômbia

Venezuela reforça bloqueio de ponte na fronteira com Colômbia

Medida ocorre após suposta acordo anunciado por representante de Guaidó

AFP

Ponte de Tienditas ainda não foi oficialmente inaugurada

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Militares venezuelanos reforçaram nesta quinta-feira o bloqueio de uma ponte na fronteira com a Colômbia, em meio à disputa entre o governo de Nicolás Maduro e o opositor Juan Guaidó pela entrada de ajuda humanitária no país. Novos contêineres de carga foram posicionados nesta quinta-feira na barreira da ponte de Tienditas, que liga Cúcuta (Colômbia) a Ureña (Venezuela). Medida ocorre após anúncio feito por Lester Toledo, membro da equipe de Jan Guaidó, de que Forças Armadas venezuelanos auxiliariam no recebimento de ajuda em 23 de fevereiro.

Agentes armados da Guarda Nacional protegiam a ponte. Na semana passada, o local foi bloqueado com um caminhão-tanque e dois contêineres. A ajuda humanitária foi enviada pelos Estados Unidos a Cúcuta a pedido de Guaidó, presidente do Parlamento e reconhecido por vários países como presidente interino do país. Na terça-feira, o líder opositor estabeleceu 23 de fevereiro como data limite para a entrada da ajuda.

Ao mesmo tempo, o chavismo ratificou a recusa a aceitar o auxílio. Maduro rejeita a ajuda por considerá-la um "pretexto" para uma intervenção militar liderada por Washington. A oposição pediu aos militares, a grande base de apoio de Maduro, que permitam a entrada de ajuda humanitária. A ponte de Tienditas ainda não foi oficialmente inaugurada. A previsão era 2016, mas o fechamento temporário da fronteira comum de 2.200 km - ordenado pelo governo de Maduro no fim de 2015 e suspenso meses depois - adiou a abertura.

O presidente Donald Trump disse na quarta-feira que o presidente venezuelano "comete um erro terrível" ao bloquear a ajuda humanitária dos Estados Unidos para seu país. Trump disse que é "triste" que o país latino-americano, rico em petróleo, esteja vivendo uma crise e que Washington ainda não descartou o envio de tropas para a região. Guaidó se autoproclamou presidente depois que Maduro foi declarado "usurpador" pelo Legislativo, único poder controlado pela oposição na Venezuela, alegando que o governante socialista foi reeleito por meio de fraude.


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