Wikileaks pede garantias à Suécia para que não extradite Assange aos EUA

Wikileaks pede garantias à Suécia para que não extradite Assange aos EUA

Julian Assange está refugiado há dois meses na embaixada do Equador em Londres

AFP

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O número 2 do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, assegurou neste domingo em declarações à AFP que se a Suécia, que exige a presença de Julian Assange por supostos crimes sexuais, se comprometesse a não extraditá-lo aos Estados Unidos, seria uma "boa base para negociar".

"Seria uma boa base para negociar, uma maneira de encerrar este assunto, se as autoridades suecas declarassem sem nenhuma reserva que Julian (Assange) nunca será extraditado da Suécia aos Estados Unidos", indicou o porta-voz. "Posso garantir que ele (Assange) quer responder às perguntas do promotor sueco há muito tempo, há quase dois anos", acrescentou.

Fundador do WikiLeaks, o site que revelou milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, Assange está refugiado há dois meses na embaixada do Equador em Londres, onde chegou quando a justiça britânica se preparava para extraditá-lo à Suécia, onde é requerido por supostos crimes sexuais. O australiano de 41 anos teme que, uma vez na Suécia, seja enviado aos Estados Unidos e julgado por traição.

Seu advogado, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, disse neste domingo, em frente à embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado, que Assange está com espírito "combativo", e acrescentou que este último agradece ao presidente Rafael Correa, que lhe concedeu asilo.

Garzón declarou que encontrou Assange "com um estado de espírito combativo". "Agradece aos equatorianos e, particularmente, ao presidente Rafael Correa por ter concedido asilo a ele" e "pediu ao seu advogado que recorra à justiça para proteger os direitos do WikiLeaks, os seus e os de todas as pessoas que são alvo de uma investigação", minutos antes de, segundo está previsto, o próprio Assange fazer uma intervenção pública.

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