WikiLeaks sofre bloqueio na Turquia

WikiLeaks sofre bloqueio na Turquia

Portal anunciou que tornaria públicos mais de 100 mil documentos sobre estrutura política do país

Agência Brasil

WikiLeaks sofre bloqueio na Turquia

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A organização WikiLeaks informou nesta quarta-feira o bloqueio de seu site em todo o território da Turquia, após a publicação da primeira parte de um conjunto de documentos relativos ao partido que governa o país. WikiLeaks é uma organização sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em sua página na internet, postagens de fontes anônimas.

“WikiLeaks recebeu uma determinação sobre o bloqueio (do site) em toda a Turquia, após a publicação de 300 mil correspondências eletrônicas do partido de Erdogan (presidente turco)” – diz um comunicado da organização, publicado em sua página oficial no Twitter.

Anteriormente, o portal havia anunciado que tornaria públicos mais de 100 mil documentos que revelam a estrutura política do atual governo da Turquia. Mais tarde, no entanto, a informação foi atualizada, sendo ao todo 500 mil documentos e 300 mil correspondências eletrônicas a serem publicadas.

Na noite de sexta-feira, as autoridades turcas anunciaram que o país estava sofrendo uma tentativa de golpe militar. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou o povo às ruas para “defender a democracia” e responsabilizou o clérigo opositor turco Fethullah Gulen de orquestrar o golpe a partir dos Estados Unidos, onde vive.

O levante foi reprimido ainda na madrugada de sábado, com o primeiro-ministro turco Binali Yildirim afirmando que todos os golpistas haviam sido identificados e seriam punidos. Mais de 290 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas durante os eventos. Até agora, quase 6 mil pessoas já foram detidas por suspeita de envolvimento no golpe fracassado. Fethullah Gulen nega todas as acusações contra ele.

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