Zelensky cobra ações do Conselho de Segurança e pede que Rússia seja julgada por crimes de guerra

Zelensky cobra ações do Conselho de Segurança e pede que Rússia seja julgada por crimes de guerra

Presidente descreveu a destruição nas cidades ucranianas e voltou a afirmar que moscou cometeu genocídio em Bucha

AFP e R7

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O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, cobrou ações do Conselho de Segurança da ONU na guerra na Ucrânia durante sua fala nesta terça-feira. "Onde está a segurança que deve ser garantida por esse Conselho?", questionou ao falar sobre a destruição das cidades ucranianas e das centenas de civis mortos na cidade de Bucha, afirmando que as tropas russas são responsáveis pelos "piores crimes de guerra" já cometidos desde a Segunda Guerra Mundial.

"O mundo pode ver o que os militares russos fizeram em Bucha enquanto ocupavam a cidade, mas precisam ver o que fizeram em outros locais. A crueldade é a mesma e a responsabilidade precisa ser atribuída", apontou ao Conselho.

“Estamos em 2022. Temos as provas claras, temos as imagens de satélite e podemos levar a uma investigação independente", concluiu. Zelensky ainda disse que a carta da ONU precisa ser restaurada "imediatamente" e que o primeiro artigo, que fala sobre a garantia da paz, foi violado. Segundo o líder ucraniano, o sistema decisório das Nações Unidas precisa passar por reformas, para que "o direito de veto não signifique o direito de morrer".

Acompanhe o avanço das tropas russas na Ucrânia a cada dia

Segundo o líder ucraniano, as tropas russas esmagaram civis com tanques de guerra, estupraram mulheres e deceparam membros das vítimas. Ele comparou a situação com atentados terroristas, como as ações cometidas pelo Estado Islâmico.

Ele pediu que a Rússia seja expulsa do Conselho de Segurança. Para Zelensky, se novos caminhos para a paz também não forem encontrados, a alternativa seria a dissolução completa do órgão. "Exceções e privilégios não podem existir, todo o mundo deve ser igual. O poder da paz deve ser dominante. A humanidade sempre buscou isso. (...) O Conselho precisa ter representação justa de todas as regiões do mundo”.


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