Nasa lançará satélite para medir as mudanças da massa polar na Terra

Nasa lançará satélite para medir as mudanças da massa polar na Terra

ICESat-2 será lançado ao espaço no próximo dia 15

Agência Brasil

Expectativa é de que o ICESat-2 amplie e aperfeiçoe estudos

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A Nasa, a agência espacial norte-americana, quer aprofundar os estudos sobre mecanismos que reduzam as incertezas dos prognósticos sobre o futuro aumento do nível do mar e que ajudem a compreender as mudanças climáticas. Para isso, será lançado ao espaço, no próximo dia 15, um satélite que vai medir em detalhes as mudanças de massa polar na Terra.

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O Satélite de Elevação de Terra e Gelo da Nasa-2 (ICESat-2) medirá a mudança média anual de elevação do gelo terrestre que cobre a Groenlândia e a Antártida, capturando 60 mil medições por segundo. A expectativa dos pesquisadores é de que o ICESat-2 amplie e aperfeiçoe estudos anteriores da agência espacial, que monitoraram a mudança nos movimentos dos picos polares em 2003, com a primeira missão ICESat e, depois em 2009, com a Operação IceBridge, que analisou a taxa de variação e aceleração.

Gelo

De acordo com a Nasa, bilhões de toneladas de gelo derretem anualmente, elevando o nível do mar no mundo. Nos últimos anos, as contribuições do derretimento das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica aumentaram o nível do mar global em mais de um milímetro por ano. A taxa está aumentando, segundo os pesquisadores. O ICESat-2 também fará as medições para verifiar a altura do gelo marinho existente acima da superfície do mar, observando a espessura e o volume.

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Pesquisas

A cobertura de gelo do Ártico reflete o calor do Sol de volta ao espaço. Quando esse gelo derrete, a água escura - que há embaixo - absorve o calor, alterando os padrões de circulação do vento e do oceano, afetando potencialmente o clima global da Terra.

Além dos polos, o ICESat-2 medirá a altura das superfícies oceânicas e terrestres, incluindo as florestas. Um instrumento associado ao satélite medirá o topo das árvores, na tentativa de colaborar com as pesquisas sobre a quantidade de carbono armazenada nas florestas.

Os pesquisadores também analisarão os dados coletados sobre a altura da copa das árvores, sua densidade e estrutura, no esforço de realizar previsões sobre incêndios florestais.

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