Ação da PF contra tráfico internacional apreende até resort de suspeitos

Ação da PF contra tráfico internacional apreende até resort de suspeitos

Investigação da PF em vários estados e no Paraguai sequestrou bens totalizando R$ 230 milhões

AE

Empreendimentos teriam sido usados em lavagem de dinheiro

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Entre os bens apreendidos nesta sexta-feira pela Polícia Federal, em uma operação contra suspeitos de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, estão um resort particular, fazendas, motos aquáticas, lanchas e triciclos. O sequestro de bens autorizado pela Justiça chegou ao valor de R$ 230 milhões, sendo R$ 80 milhões no Brasil e outros R$ 150 milhões no Paraguai.

Brasileiros líderes do tráfico internacional de drogas que estavam morando no Paraguai foram presos. Eles foram extraditados para o Brasil, onde ficarão detidos. Além do país vizinho, foram cumpridos mandados tanto de prisão quanto de busca e apreensão também nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Tanto empresas brasileiras quanto paraguaias eram usadas na lavagem do dinheiro obtido com o comércio de entorpecentes, segundo a Polícia Federal em Campo Grande. Essa é a segunda operação da força de segurança que mira a lavagem de dinheiro por parte de traficantes. Em outra investigação, R$ 252 milhões foram bloqueados de pessoas suspeitas de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Desta vez, o sequestro de bens envolveu 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves. No Paraguai, foram sequestrados judicialmente dez imóveis. Entre os bens, estão resort particular e fazendas localizadas nos Estados onde a ação foi realizada. O resort fica às margens do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (MT), onde a PF apreendeu motos aquáticas, uma lancha e quadriciclos.

Chamado de resort, o espaço seria usado como imóvel do ramo hoteleiro, mas a atividade nunca foi realizada. Em 2017, no entanto, no aniversário de um dos filhos do chefe da organização, uma dupla sertaneja fez show no local, cujo proprietário seria um “laranja”.

Conforme a Delegacia da Receita Federal em Mato Grosso do Sul, a área de inteligência do órgão analisou a situação patrimonial de 95 pessoas e empresas envolvidas com riquezas obtidas do tráfico de drogas no Estado. As investigações começaram em 2018.


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