Polícia

Alckmin faz reunião de emergência com Rui, Gleisi e técnicos sobre ação no Rio contra o CV

Essa foi a operação mais letal da história da polícia fluminense

O principal objetivo do governo é discutir a resposta que virá do Palácio do Planalto após a operação
O principal objetivo do governo é discutir a resposta que virá do Palácio do Planalto após a operação Foto : Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez no início da noite uma reunião de emergência para discutir os impactos da operação policial no Rio de Janeiro nesta terça-feira, 28, que resultou na morte de 64 pessoas e na prisão de 81 suspeitos de envolvimento com o Comando Vermelho (CV). Essa foi a operação mais letal da história da polícia fluminense.

Participam da reunião o presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de técnicos dos ministérios da Justiça e da Defesa. A reunião é realizada no Palácio do Planalto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está a caminho do Brasil após uma semana no Sudeste Asiático. A previsão é de que o presidente chegue a Brasília por volta das 20h30 desta terça.

O principal objetivo do governo foi discutir a resposta que virá do Palácio do Planalto após a operação e também diante das críticas feitas pela oposição, em especial do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

A Casa Civil divulgou uma nota sobre a reunião:

“Durante a reunião, as forças policiais e militares federais reiteraram que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação.

O ministro Rui Costa entrou em contato com o governador Cláudio Castro e comunicou a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber os presos. Além disso, solicitou a realização de uma reunião de emergência na capital fluminense, com participação dele e do ministro Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (29).”

Também está no cálculo feito pelo Planalto como a resposta do governo vai abordar a proposta de emenda à Constituição (PEC) com regras federais para a segurança pública.

O governo também discute um projeto de lei que endurece penas para as organizações criminosas. Chamado de projeto antifacções, a proposta foi encaminhada pelo Ministério da Justiça à Casa Civil.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mencionou a proposta em entrevista coletiva nesta terça. Ele está cumprindo agendas no Ceará e não participa da reunião de emergência agora no Planalto.

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