Amapergs Sindicato considera positiva a aprovação da Polícia Penal pela Assembleia do RS

Amapergs Sindicato considera positiva a aprovação da Polícia Penal pela Assembleia do RS

PEC precisa agora passar pelo segundo turno de votação, para depois ser regulamentada

Correio do Povo

Texto garante ao servidor atribuição de administração e segurança das casas prisionais

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A Amapergs Sindicato, que representa os servidores que atuam no sistema penitenciário gaúcho, avaliou como positiva a aprovação da Polícia Penal pela Assembleia Legislativa do Estado, ocorrida na noite dessa terça-feira, tendo sido incluídas as principais reivindicações da categoria. “Passamos os últimos dias conversando e negociando com deputados estaduais. Conseguimos construir um cenário que não é ruim para os servidores penitenciários. Talvez o resultado pudesse ter sido melhor não fosse a atuação em paralelo de outras entidades e o fogo amigo”, destacou o presidente da entidade de classe, Saulo Felipe Basso dos Santos. 

Agora, após aprovação em primeiro turno, a PEC da Polícia Penal precisa passar pelo segundo turno de votação, por ser uma emenda constitucional. Após, o projeto de lei deve ser encaminhado para apreciação do parlamento para a regulamentação da matéria. 

De acordo com a Amapergs Sindicato, a Polícia Penal “garante ao servidor atribuição de administração e segurança das casas prisionais e transforma em policiais penais os atuais integrantes do quadro especial”. Havia uma emenda que determinava que todos os servidores passariam a ser policiais penais, mas foi derrotada.

Conforme a proposta aprovada, o “quadro de servidores da Polícia Penal contará com categorias funcionais com atribuições de vigilância, custódia e segurança de pessoas presas e dos estabelecimentos penais, bem como de atividades administrativas, técnicas e de orientação e assistência à execução penal e à reintegração social, dentre outras definidas em lei, e será organizado em carreiras, com ingresso mediante concurso público de provas ou de provas e títulos.”

Ainda de acordo com o texto aprovado, “o preenchimento dos cargos dos quadros de servidores da Polícia Penal será feito, exclusivamente, por meio de concurso público e por meio da transformação dos cargos de carreira dos atuais integrantes do Quadro Especial de Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul, da Superintendência dos Serviços Penitenciários – Susepe – e respectivos quadros em extinção, atendidos, no reenquadramento dos atuais servidores, os requisitos da uniformidade de atribuições entre o atual e o novo cargo, identidade dos requisitos de escolaridade para ingresso e identidade remuneratória, na forma da lei”.

Em 2019, o Congresso Nacional aprovou emenda constitucional que transformou os servidores penitenciários em policiais penais com uma série de novas atribuições e sem qualquer acréscimo salarial. Desde então, por simetria, os Estados precisam, também por meio de emenda constitucional, regulamentar a sua Polícia Penal. Segundo a entidade de classe, o Rio Grande do Sul era o mais atrasado ao lado da Bahia.

Com a aprovação da PEC, os policiais penais ficarão equiparados às demais forças da segurança pública, como Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal. “Sem acréscimo salarial, é bom reiterar, os servidores penitenciários, transformados em policiais penais, poderão realizar boletim de ocorrência, termo circunstanciado e operações de busca e recaptura, o que hoje não é permitido”, observou a Amapergs Sindicato.


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