Aplicativo busca coibir violência doméstica em Porto Alegre

Aplicativo busca coibir violência doméstica em Porto Alegre

Ferramenta será utilizadas por duas mulheres em projeto piloto

Correio do Povo

Aplicativo busca coibir violência doméstica em Porto Alegre

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Mulheres com medidas protetivas passam a contar com uma nova tecnologia para evitar agressões. O app PLP 2.0 foi lançado nessa quinta com o objetivo agilizar o atendimento de casos extremos de violência em Porto Alegre. A partir de sua utilização, planejada para janeiro, as autoridades pretendem fortalecer a rede de proteção à mulher. A solenidade de lançamento do novo aplicativo ocorreu na Secretaria de Segurança Pública (SSP), com a presença do governador José Ivo Sartori.

Inicialmente o PLP 2.0 será um projeto piloto. Para isso, duas mulheres com medidas protetivas, moradoras no bairro Restinga, terão acesso ao aplicativo. “A partir do teste da tecnologia e do atendimento às vítimas, o projeto será ampliado para os outros bairros de Porto Alegre”, afirmou o secretário de Segurança, Wantuir Jacini. As usuárias da ferramenta serão selecionadas pelo Judiciário, conforme o grau de violência.

Por meio do aplicativo, a mulher será monitorada pelo sistema da SSP. Um botão de emergência poderá ser acionado em casos extremos. Segundo o coordenador do projeto, Daniel Dora, a viatura da Brigada Militar que estiver perto da vítima realizará o primeiro atendimento. “As Promotoras Legais Populares (PLPs) recebem a ocorrência e prestam apoio”, explicou Daniel Dora. Nos casos de acionamento do atendimento de emergência, os operadores da SSP que receberem o chamado já terão o endereço e o histórico do caso da mulher que está pedindo ajuda.

A criação do projeto é de responsabilidade da ONG Themis, em parceria com o Instituto da Mulher Negra Geledés. De acordo com a coordenadora de projetos da Themis, Lívia de Souza, o sistema surge como alternativa para enfrentar os altos índices de violência contra a mulher. “O Brasil está em quinto lugar entre os países que mais matam mulheres. Além disso, em 71,9% dos casos, a agressão ocorre na residência da vítima”, disse.

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