Assaltante Seco é condenado a 21 anos de prisão em Teutônia

Assaltante Seco é condenado a 21 anos de prisão em Teutônia

Mesma pena foi imputada ao comparsa, conhecido como Gordo

Deolí Graff / Correio do Povo

Com cabelo curto e sem barba, Seco vestia moleton e calça jeans ao chegar ao Fórum de Teutônia. Foto: Deoli Graeff/CP

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Depois de 14 horas de júri popular, a juíza do Fórum de Teutônia Angela Lucian divulgou, nos primeiros minutos desta sexta-feira, a sentença que condenou a 21 anos e dois meses de prisão o assaltante de bancos e carros-fortes José Carlos dos Santos, o Seco, e o comparsa dele, Carlos Eduardo Fernandes Moreira, o Gordo. Os réus foram julgados por quatro tentativas de homicídio contra policiais que os prenderam na madrugada de 13 de abril de 2006, no Posto Rosinha, às margens da BR 386, no município de Paverama. Da decisão, ainda cabe recurso.

Sob forte esquema de segurança, o júri começou perto das 9h dessa quinta-feira. Seco dispensou os advogados e foi representado pelo defensor público Rafael Silveira Dourado. Gordo foi defendido pelo advogado particular José Antônio Nascimento Batista. Na acusação, atuou o promotor Jair Franz. Cinco homens e duas mulheres formaram o corpo de jurados.

No esquema de segurança atuaram em torno de 95 homens entre brigadianos de Teutônia, Estrela e Taquari. Também integraram o esquema de segurança o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), o Batalhão de Operações Especiais (Boe) e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), todos fortemente armados. A rua Dois Leste, em frente ao Fórum, ficou fechada para o tráfego de veículos e pedestres.

Na parte da manhã foram ouvidos os réus, que responderam a todas as perguntas formuladas. Também foram tomados os depoimentos das testemunhas de defesa, incluindo a mulher de Seco e a irmã dela, além das arroladas pela acusação. O júri também foi acompanhado pela mulher de Gordo, natural de Curitiba e mãe de uma filha do criminoso. Atualmente, ela reside em São Leopoldo.

Durante o dia, foi feito um intervalo de 40 minutos, às 14h, para o almoço. No fim da tarde, às 17h, foi feito intervalo de 15 minutos. A juíza não permitiu o acesso da imprensa à sessão de julgamento, apenas a entrada na sala de júri, de repórteres e fotógrafos momentos antes do início da sessão, quando os dois réus ainda não haviam chegado ao local.

Durante o dia, também surgiram boatos de que uma quadrilha paranaense havia chegado a Teutônia para resgatar os dois criminosos, já que esse foi o último julgamento envolvendo a dupla.

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