Assistentes sociais informaram que Elias Maluco se matou, diz advogada

Assistentes sociais informaram que Elias Maluco se matou, diz advogada

Apontado como liderança da facção CV, Elias Pereira da Silva foi encontrado morto na prisão nesta terça

R7

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A família de Elias Maluco, encontrado morto nesta terça-feira na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, foi informada por assistentes sociais do local que o condenado cometeu suicídio, diz a advogada de defesa Lucelia Gouveia. 

Por meio nota, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) confirmou a morte, mas não deu detalhes de como Elias morreu. O órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública informou apenas que a família foi notificada pelo Serviço Social da unidade prisional. Segundo o Depen, o local da morte foi preservado até a chegada da Polícia Federal, responsável por fazer a perícia.

Lucelia, que defendia o condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, disse que tinha uma reunião com Elias às 16h desta terça-feira. Quando chegou à penitenciária, funcionários da unidade teriam informado que ele não queria recebê-la. Somente depois ela descobriu que ele já estava morto.

Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, foi preso em 2002, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho. Considerado pelas autoridades como um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão quando foi preso, ele foi condenado a 28 anos de prisão, em 2005, pelo assassinato do jornalista Tim Lopes em 2002. Em 2013, foi sentenciado a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro.

Na semana passada, uma ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil foram em endereços supostamente ligados ao Elias Maluco durante a operação que investigou crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.

Conforme as investigações do MP-RJ e polícia, Elias Maluco era dono do tráfico de todas as favelas comandadas pelo Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Dentro da facção, ele estaria abaixo apenas do Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP — que também está preso na unidade federal Catanduvas.

As investigações apontaram ainda que somente na Baixada Fluminense, área supostamente comandada por Elias Maluco, o faturamento mensal de algumas localidades com o tráfico de drogas chega a R$ 7,2 milhões. Deste valor, cerca de 20% do lucro seria destinado às lideranças.


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