Ataques com explosivos são fenômeno nacional, diz delegado
Caixa eletrônico em Flores da Cunha foi alvo de criminosos nessa madrugada
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Em abril, o delegado participou do Fórum Nacional de Enfrentamento a Roubos a Bancos, realizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, em Brasília. Segundo ele, a preocupação no encontro foi justamente esse tipo de crime que ocorre, em sua maioria, distante dos grandes centros urbanos.
No evento foram discutidas, por exemplo, questões como o controle sobre explosivos e uma legislação mais rigorosa e específica para os autores desses crimes. Também foi tratada a retirada do fator humano na abertura do cofre, recordou, acrescentando que muitos dos criminosos presos acabam retornando às ruas e cometendo novamente os mesmos delitos.
Criminosos explodem caixa eletrônico em Flores da Cunha
Os criminosos chegaram ao local em um Ford Focu e, segundo o delegado Joel Wagner, portavam pistolas e espingardas. Eles vestiam toucas ninjas e luvas e entraram no prédio após quebrarem a tiros uma vidraça. Um deles estava de abrigo, tênis e jaqueta vermelha. As imagens internas das câmeras de videomonitoramento registraram toda a ação, inclusive o momento em que colocam os explosivos em um terminal.
No entanto, a carga explosiva não foi suficiente para que conseguissem arrebentar a parte em que está o cofre do caixa eletrônico. Sem conseguir levar o dinheiro, os bandidos fugiram no veículo. Moradores das proximidades, que se acordaram com o barulho da explosão, acionaram a Brigada Militar. O comandante da BM de Flores da Cunha, capitão Angelo Ferraz, acredita que a própria explosão dificultou a ação dos ladrões. “O artefato que eles utilizaram não danificou o ceduleiro e por isso não conseguiram levar o dinheiro. Recebemos várias ligações logo depois da detonação”, explicou.
Responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Serra (CPOR Serra), o coronel Leonel da Silva Bueno suspeita que os bandidos tenham se dirigido à região de Caxias do Sul. Ele não descartava a possibilidade de que, além dos dois criminosos, existiram outros do lado externo, dando cobertura.
A BM iniciou as buscas e montou barreiras em toda a região serrana durante a quarta-feira. A agência bancária ficou isolada para a perícia do Departamento de Criminalística e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil assumiu o caso.