ATP estima que prejuízo com ônibus queimados chegue a R$ 2,8 milhões em 2015

ATP estima que prejuízo com ônibus queimados chegue a R$ 2,8 milhões em 2015

Ataque mais recente foi registrado na noite dessa quinta-feira na vila Jardim, zona Norte

Ananda Muller/Rádio Guaíba

Ataque mais recente foi registrado na noite dessa quinta-feira na vila Jardim, zona Norte

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Após o sexto ataque a coletivos de transporte público em Porto Alegre, a Associação de Transportadores de Passageiros (ATP) já calcula em R$ 2,8 milhões os prejuízos com a queima de sete ônibus em Porto Alegre. O caso mais recente foi registrado, na noite dessa quinta-feira, na Vila Jardim, zona Norte da Capital. O gerente técnico da ATP de Porto Alegre, Gustavo Simionovschi, estima que cada ataque represente perdas que vão além do valor material dos carros: “Cada coletivo custa R$ 400 mil. Neste ano já foram seis ataques (com sete ônibus queimados), sem contar as perdas que a sociedade sofre”.

Simionovschi ressalta que a queima de um ônibus também acarreta em perdas nos itinerários: “não é possível repor um coletivo da noite para o dia. Isso acarreta em perdas no serviço, já que significa invariavelmente tirar um ônibus de circulação”. O gerente ainda aponta que a população está com medo de usar o transporte: “Se os usuários não vão ao centro, perdem todos. A cidade, o comércio acaba sendo prejudicado.”

O tenente-coronel Mario Ikeda, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), garantiu que a Brigada Militar vai permanecer na Vila Jardim até o final da semana, ou até que a ordem seja restabelecida. Conforme o comandante, o fato de uma ação policial ter resultado na morte de um bandido e acarretado na retaliação não é recorrente: “Isso é uma situação de exceção, e acreditamos que o fato já esteja solucionado”. A Polícia Civil já confirmou indícios de ligação com o ataque ao coletivo.

Sobre o temor da população em usar o transporte, Ikeda tranquiliza os porto-alegrenses: “Não há motivos para pânico. A Brigada Militar está presente para dar segurança à população”.

Os ataques a ônibus ocorreram em 12 de março, na Restinga; 19 de abril, na Lomba do Pinheiro; 16 de julho, na vila Cruzeiro; 3 de setembro, no Morro Santa Tereza (dois coletivos incendiados); 25 de setembro, mais uma vez na Cruzeiro, e em 8 de outubro, na vila Jardim. Todos tiveram relação com crimes envolvendo tráfico de drogas.

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