BM rebate facção e abre inquérito sobre morte de morador de condomínio em Porto Alegre
“Não aceitamos ameaças”, diz comandante do 9º BPM sobre nota de grupo criminoso contra policiais

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Foi aberto um inquérito policial militar sobre a morte de um homem de 41 anos, morador do condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre. O caso gerou protestos e a queima de dois ônibus no bairro Azenha, na noite de domingo. A facção que atua no complexo residencial – conhecido como “Carandiru” – divulgou um comunicado com ameaças contra a Polícia Civil e Brigada Militar, que rebateu a nota.
Um boletim de ocorrência registrado pela irmã da vítima destaca que, na madrugada de sexta-feira, o homem foi abordado por policiais militares em frente ao condomínio e colocado em uma viatura. O corpo dele foi encontrado com lesões, no extremo Sul de Porto Alegre.
O grupo criminoso que controla o tráfico de drogas no Carandiru divulgou nota nas redes sociais. O texto impõe toque de recolher aos moradores e diz que os traficantes não vão aceitar a presença de policiais civis ou militares no local. O comunicado ainda autoriza que criminosos atirem contra as forças de segurança.
O comandante do 9º BPM, tenente-coronel Fábio Schmidt, confirma que o texto é da facção, mas enfatiza que os soldados não vão aceitar ameaças. Ele também destaca que a instituição apura as circunstâncias da morte do morador.
"Abrimos um inquérito militar sobre o ocorrido. Independente disso, quero deixar claro que não há local onde a BM não entre. Não aceitamos ameaças. Por isso que vamos continuar com ações na localidade e, assim, garantir a segurança da população”, afirmou o oficial.