Câmara Legislativa do DF é alvo de nova ação de busca

Câmara Legislativa do DF é alvo de nova ação de busca

Operação do MPDFT ocorre um dia depois de policiais fazerem buscas em investigação que apura suspeita de rachadinha

R7

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagra a Operação Maré Alta na Câmara Legislativa do DF, sede do Poder Legislativo local, na manhã desta quarta-feira. Um dos alvos é o gabinete do deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante). Os promotores têm o apoio da Polícia Civil do DF no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão.

Viaturas estão estacionadas em frente ao prédio enquanto as equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPDFT, fazem as buscas. Os promotores chegaram à Casa às 6h10min. Como o ano legislativo se encerrou nesta terça, as portas dos gabinetes estavam trancadas e foi preciso chamar um chaveiro para abrir as salas. Equipes também fazem buscas no escritório de apoio do distrital Reginaldo Sardinha, que fica na região do Cruzeiro Center.

Em nota, o distrital disse que as denúncias contra ele são "infundadas" e se colocou à disposição dos investigadores. "Com relação às inúmeras fake news disseminadas a meu respeito, já foram acionados advogados para que tomem as devidas providências jurídicas necessárias", comentou.

Operação Melinoe

A ação ocorre um dia depois de policiais fazerem buscas no gabinete e endereços ligados ao também deputado distrital Daniel Donizet (PL), por suspeita de prática de rachadinha e falsificação da folha de ponto de funcionários-fantasma.

A investigação aponta um esquema em que funcionários batem o ponto e não aparecem para trabalhar. Segundo as apurações, a equipe ainda repassaria parte do salário ao deputado. Durante a ação, os policiais e promotores apreenderam dólares, euros e reais no gabinete do parlamentar. O valor, de acordo com a polícia, passa de R$ 100 mil.

A apuração começou em 2019, depois de denúncias serem registradas na polícia. O chefe de gabinete seria o responsável por recolher os pagamentos. Segundo os investigadores, há provas suficientes que respaldam a tese de que os servidores assinavam a folha de ponto e não iam à Câmara Legislativa, mesmo antes da pandemia de Covid-19, quando os trabalhos presenciais foram suspensos.

Em nota, o Donizet afirmou que não teve acesso ao processo e que as denúncias de rachadinha são infundadas. "Afirmo, com muita tranquilidade, que as denúncias são completamente infundadas. Ainda não tive acesso ao inquérito policial para entender o que motivou as buscas realizadas. Já estou em contato com o meu advogado. Assim que tivermos o conteúdo das investigações em mãos, vamos soltar uma nota de esclarecimento", disse


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