Caso Gabriel: reconstituição do crime ocorre nesta segunda-feira

Caso Gabriel: reconstituição do crime ocorre nesta segunda-feira

Corpo do jovem foi encontrado em 19 de agosto

Correio do Povo

Bote com mergulhadores foi usado para procura de jovem, encontrado nessa sexta-feira

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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realiza, nesta segunda-feira, a etapa presencial da perícia de Reprodução Simulada dos Fatos (RSF) referente à investigação da morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, cujo corpo foi encontrado no dia 19 de agosto no município de São Gabriel. O trabalho, requerido pela Polícia Civil, será feito por duas peritas criminais e um fotógrafo criminalístico do Departamento de Criminalística do IGP, com o auxílio da PC. 

A perícia deve ocorrer à tarde e começará na DP de São Gabriel. No local serão ouvidos, um por vez, as testemunhas e os três policiais militares acusados do crime. “Após, a equipe e a pessoa envolvida se dirige ao local (ou aos locais) citado durante a oitiva, onde deve demonstrar como se deram os fatos previamente narrados. A duração da perícia, portanto, depende do que for apontado pelos participantes. Todos os passos descritos são registrados pelo fotógrafo criminalístico para compor o laudo pericial”, informou o IGP em um comunicado.

“A etapa inicial consistiu na análise das perícias, como a necropsia e os exames laboratoriais realizados em viaturas, e do inquérito policial. Depois do trabalho no local, será produzido o laudo pericial”, observou. “A perícia de Reprodução Simulada dos Fatos é uma das mais complexas realizadas pelo IGP. O objetivo deste tipo de perícia é apurar se os fatos se deram da forma como narrados pelos participantes e de acordo com as demais perícias já realizadas pelo IGP para o caso”, acrescentou a instituição. 

Os três policiais militares, sendo um sargento e dois soldados, encontram-se presos por homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras atribuídas ao crime são motivo fútil, emprego de tortura e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Os agentes encontram-se recolhidos no presídio militar em Porto Alegre.

Segundo o laudo do IGP, a vítima morreu por hemorragia interna, provocada por um objeto contundente. O sangramento ocorreu a partir de golpes dados na coluna cervical. O laudo vai ao encontro de relatos de testemunhas, que afirmam que o jovem teria levado um tapa, caído e batido com a cabeça no chão, sendo então algemado e agredido com um cassetete.

O caso

Gabriel estava desaparecido e foi encontrado morto em um açude, na localidade de Lava Pé. O jovem de 18 anos, morador de Guaíba, estava na Fronteira Oeste para prestar serviço militar obrigatório. As investigações apontam que ele foi abordado pelos três policiais e levado na viatura. Depois disso, não foi mais visto com vida. O corpo seria depois localizado no açude.


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