CEEE e Polícia Civil combatem fraude e furto de energia elétrica em Porto Alegre
Cerca de 500 locais estão sendo fiscalizados nesta quinta-feira
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O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e Serviços Delegados (DRCP), delegado Luciano Peringer, destacou que o mutirão é realizado desde o ano passado. “É um trabalho contínuo”, ressaltou. Segundo ele, os flagrantes são constatados principalmente em estabelecimentos comerciais. “Se for considerado um furto qualificado, a pena de prisão do proprietário ou responsável chega de dois a oito anos. Não cabe fiança nesse caso”, observou. “A questão administrativa é com a CEEE e a pessoa tem que regularizar para ter o fornecimento”, explicou.
Foto: CEEE / Divulgação / CP
A CEEE tem intensificado a campanha “Fez gato pagou o pato” desde agosto de 2017 após ter apurado um crescimento no número de fraudes. Em um ano de fiscalização já foram inspecionadas 28.100 locais, sendo que 10.500 apresentaram problemas. “Tivemos 47 prisões”, acrescentou. Apenas em 2018 foram 15 mil ações de fiscalização. As principais irregularidades encontradas costumam ser o desvio de energia elétrica com ligação direta sem passar pelo medidor. O equipamento muita vezes acaba também adulterado para registrar menor consumo.
“Aumentou as fraudes, aumentamos a fiscalização”, sintetizou o gerente regional da companhia, Jeferson de Oliveira Gonçalves, revelando que o prejuízo em média da companhia é estimado em R$ 200 milhões por ano, o que representa 17% do faturamento. “As perdas fazem parte da tarifa. É um custo que está na tarifa e todo mundo está pagando por isso”, lembrou. Mais de R$ 30,7 milhões já foram recuperados com a campanha “Fez gato pagou o pato”.
Em relação às unidades flagradas, Jeferson de Oliveira Gonçalves afirmou que é cobrada toda a energia consumida e não paga. “Calculamos uma base de consumo e levantamos os valores de dívida”, resumiu. A tecnologia no combate às perdas é uma das armas da CEEE, sendo utilizadas telemedição e monitoramento online; automação da medição, corte e religue; aperfeiçoamento do sistema de aferição; software para mineração de dados para detecção de desvios de consumo; e recebimento de denúncias, entre outras ações.