Chega a sete o número de motoristas de aplicativos mortos este ano em Porto Alegre

Chega a sete o número de motoristas de aplicativos mortos este ano em Porto Alegre

Corpo de Rafael Gardini Gomes foi encontrado pela BM na avenida Carneiro da Fontoura, zona Norte da cidade

Jessica Hübler

Corpo de Rafael Gardini Gomes foi encontrado pela BM na avenida Carneiro da Fontoura, zona Norte da cidade

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No dia em que entra em vigor a regulamentação do transporte por aplicativo, mais um motorista perdeu a vida em um latrocínio em Porto Alegre. Esta já é a sétima vítima, desde janeiro deste ano. O corpo do motorista, identificado como Rafael Gardini Gomes, foi encontrado pela Brigada Militar (BM) na avenida Carneiro da Fontoura, nas proximidades do número 238, dentro de um veículo Renault Sandero, de cor prata, com placas de Minas Gerais. Dentro do carro, que pertence a uma locadora de veículos, foi localizado um pacote de balas sabor framboesa, o que reforçou a suspeita inicial da BM de que Gomes era motorista de aplicativos - posteriormente se confirmando.

Conforme o comandante itnerino do 11º BPM, major Douglas da Rosa, testemunhas viram o veículo transitando em alta velocidade pelas proximidades da avenida Assis Brasil, no bairro Passo D’Areia. “Posteriormente o veículo foi abandonado na Carneiro da Fontoura, três indivíduos fugiram correndo do local e o motorista foi encontrado com marcas de disparos de arma de fogo, já sem vida”, explicou Rosa. O local foi isolado pela BM e pela Polícia Civil até a chegada da Perícia, que confirmou a identidade de Gomes.

Segundo Rosa, o fato de o celular da vítima não ter sido encontrado no interior do veículo e também a presença de diversas moedas espalhadas, reforça a ocorrência de latrocínio, o sétimo ocorrido este ano. De acordo com o presidente da Associação de Motoristas Particulares e de Aplicativos do Rio Grande do Sul (Ampa-RS), Carlos Guessi, o número de latrocínios, roubos e crimes violentos contra motoristas de aplicativos tem aumentado cada vez mais.

“Principalmente depois que uma plataforma começou a aceitar o pagamento em dinheiro. Antes disso, não tínhamos registro destas ocorrências”, ressaltou Guessi. Agora, após a perda de mais um colega, ele diz que a Ampa-RS e os associados irão pressionar ainda mais as empresas para que reforcem os cadastros dos usuários. “Se nós temos que mandar tantos documentos, por que os usuários não precisam? Se exigem de nós, o mínimo que a plataforma tem que fazer é exigir do usuário também, para garantir a segurança de todos”, destacou Guessi. Sobre o pagamento em dinheiro, a regulamentação proíbe esta prática.


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