Cinco suspeitos de integrar rede de corrupção devem ser ouvidos hoje
Operação Concutare da PF prendeu 18 pessoas por crimes ambientais
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No total, 18 pessoas foram detidas de forma temporária - medida que dura cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. São seis empresários, seis despachantes e seis servidores públicos, de acordo com a PF. Além de Niedersberg, o secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre Luiz Fernando Záchia (PMDB) também foi preso e afastado do cargo pelo prefeito José Fortunati. Nesta segunda-feira, quando a ação foi deflagrada, apenas dois suspeitos prestaram depoimento aos policiais federais. Entre os detidos, 17 foram levados ao Presídio Central, onde passaram a noite.
Após cerca de dez meses de investigação, a PF identificou diversas quadrilhas que atuavam na aceleração da liberação de licenças ambientais no Estado. Uma rede de corrupção aliciava funcionários públicos para que requisitos legais fossem desconsiderados. Os setores de construção civil e mineração foram alguns dos segmentos beneficiados com as fraudes. A PF apreendeu R$ 468 mil, 44 mil dólares e 5.280 euros - o equivalente a mais de meio milhão de reais.
Conforme a PF, a rede de corrupção era sustentada via propina, que incluía desde a entrega de presentes até R$ 70 mil. O processo corre em segredo de Justiça. Os suspeitos devem ser indiciados por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais, conforme a participação individual de cada envolvido no esquema.
O superintendente da PF no Estado, Sandro Luciano Caron de Moraes, informou que está convocando peritos ambientais de todo o País para avaliar documentos e analisar supostos danos ambientais, especialmente em função da instalação de empreendimentos imobiliários em Porto Alegre e no Litoral Norte.
Com informações dos repórteres Jimmy Azevedo e Voltaire Porto