Cirurgião plástico é condenado a 36 anos de prisão por abusar de pacientes em Porto Alegre
Médico poderá recorrer em liberdade
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Um cirurgião plástico acusado de abusar sexualmente de pacientes e funcionárias foi condenado, nesta sexta-feira, a 36 anos e 2 meses de prisão. A decisão é da juíza Rosalia Huyer, da 2ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre. Ele poderá recorrer em liberdade.
A pena se refere a crimes de estupro, tentativa de estupro, atentado violento ao pudor, importunação sexual e violação sexual mediante fraude. O médico foi acusado por 12 mulheres.
Os fatos ocorreram no consultório do médico, na Capital, entre 2005 e 2021. De acordo com as vítimas, durante as consultas, o cirurgião pedia para que elas tirassem toda a roupa, passava a mão nos corpos delas e as apalpava em partes íntimas. Os crimes eram cometidos sob pretexto de que faziam parte do procedimento da consulta.
As mulheres também contaram que houve tentativas de forçá-las a praticar sexo oral nele, de beijá-las na boca e de introduzir dedos em seus órgãos sexuais. Elas relataram ainda que o réu pedia favores sexuais em troca de cirurgias estéticas. Em um dos casos, ele teria oferecido desconto de R$ 3 mil sob o valor do procedimento estético à vítima, com a condição de que os atos ocorridos ficassem apenas entre eles.
Ao analisar o caso, a juíza Rosalia Huyer considerou que ficou comprovada a falta de consentimento para os atos libidinosos e também a violência perpetrada do réu contra as vítimas. "Nota-se que o réu vem de longa data exercendo seu papel masculino dominador e de poder em seu ambiente de trabalho", destaca um trecho da decisão.