Clínica clandestina de bronzeamento artificial é fechada pela Polícia Civil em Porto Alegre

Clínica clandestina de bronzeamento artificial é fechada pela Polícia Civil em Porto Alegre

Local funcionava nos fundos de uma loja de roupas íntimas na avenida Protásio Alves, no bairro Chácara das Pedras

Correio do Povo

Três equipamentos, proibidos pela Anvisa desde novembro de 2009, foram interditados

publicidade

A Polícia Civil fechou uma clínica clandestina de bronzeamento artificial na Zona Norte de Porto Alegre. A ação da 1ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento/Central de Volantes ocorreu na terça-feira na avenida Protásio Alves, no bairro Chácara das Pedras. Nos fundos de uma loja de roupas íntimas, os agentes constataram a existência de três câmaras de bronzeamento artificial, que estão proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde novembro de 2009.

A situação no local era totalmente irregular e ilegal. Não havia sequer autorização dos órgãos responsáveis para funcionamento por meio de alvará. O estabelecimento comercial não estava também autorizado para qualquer procedimento estético.

As três máquinas de bronzeamento foram interditadas por uma equipe da Vigilância Sanitária de Porto Alegre. As lâmpadas que geram a radiação ultravioleta serão oportunamente descartadas em local apropriado pelos responsáveis apontados nos autos de infração. Não existia nenhum tipo de controle de qualidade dos equipamentos.

Duas clientes estavam utilizando os equipamentos clandestinos no momento da abordagem. Ambas foram identificadas e liberadas. A proprietária e duas funcionárias que operavam os equipamentos foram conduzidas até a 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (3ª DPPA) para esclarecimentos e registro de ocorrência policial. A dona da loja responderá por crime contra as relações de consumo cuja pena pode variar de dois a cinco anos.

De acordo com o delegado Rodrigo Reis, as câmaras de bronzeamento artificial expõe o usuário à radiação ultravioleta, UVA e UVB, semelhante à radiação solar. A programação da máquina libera uma grande quantidade de radiação ultravioleta em um curto espaço de tempo. Segundo ele, a depender da intensidade das lâmpadas utilizadas, a exposição à radiação ultravioleta pode ser maior que a da radiação solar.

O delegado Rodrigo Reis alertou que a manipulação dos raios ultravioletas, em doses mais altas e mais baixas que a radiação solar, associadas ao pouco ar da câmara, pode trazer consequências graves à saúde, como câncer de pele, envelhecimento precoce da pele, queimaduras, cicatrizes e lesões oculares, entre outros.  


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895