Clínica de Novo Hamburgo é interditada por fraude na aplicação de vacinas
Proprietária do local foi presa na quarta-feira
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De acordo com o secretário de Saúde do Estado, João Gabbardo, a clínica aplicava vacinas, que seriam contra febre amarela, com a seringa vazia. Há a suspeita de que a fraude teria ocorrido também em vacinas contra a meningite.
“Durante inspeção da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo se constatou uma série de irregularidades na clínica. A mais séria delas era a suposta aplicação de vacinas da febre amarela”, ressaltou o secretário.
A clínica também teria doses de vacinas contra a gripe vencidas e conteúdos em condições de conservação inadequada. Além disso, há a suspeita de que as agulhas seriam reaproveitadas em diversos pacientes. Quando o procedimento correto é descartá-las.
O secretário disse ainda que a clínica não repassava à Vigilância Sanitária a lista dos pacientes vacinados. Segundo ele, é obrigação de cada estabelecimento informar a secretaria o nome da pessoa, o tipo de vacina que ela fez e o lote da dose aplicada.
Nesta quinta-feira, os computadores das clínicas estão sendo analisados. O secretário disse que uma lista de supostos pacientes com o número de telefone foi localizada. A secretaria tentará contato com as pessoas, para fazer uma avaliação e, caso seja constatada a fraude, o paciente receberá a vacina.
O estabelecimento funcionava na avenida Maurício Cardoso, no Centro de Novo Hamburgo, há, pelo menos, um ano. “Se houver a confirmação dessas irregularidades, acreditamentos que a clínica não volte a abrir”, garantiu Gabbardo.
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Clínicas particulares não têm vacina contra febre amarela
Ainda não se sabe quantas pessoas teriam sido vítimas do golpe e nem há quanto tempo a prática era realizada. Contudo, de acordo com o secretário, cada paciente teria arcado com cerca de R$ 200 – valor cobrado pela vacina pela maioria das clínicas.
O secretário garantiu ainda que nenhuma clínica privada do Rio Grande do Sul tem estoque da vacina da febre amarela. “Apenas a rede pública recebeu as doses e está aplicado de forma gratuita”, disse.
“As (clínicas) privadas precisam importar as doses. Essas vacinas só chegaram agora no Brasil e estão em São Paulo e não foram ainda distribuídas”, garantiu.