Com rota de última viagem de motorista desaparecido, Polícia avança nas investigações

Com rota de última viagem de motorista desaparecido, Polícia avança nas investigações

Família lamenta as muitas denúncias falsas sobre o paradeiro do jovem

Correio do Povo

Família lamenta as muitas denúncias falsas sobre o paradeiro do jovem

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A Polícia Civil aprofundou a investigação sobre o desaparecimento do motorista de aplicativo e universitário Paulo Junior da Costa, 22 anos, ocorrida na noite de segunda-feira passada, véspera de Ano Novo. “Avançamos bastante, mas não temos como divulgar agora os detalhes”, revelou na manhã desta sexta-feira a titular da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP) de Porto Alegre, delegada Roberta Bertolodo.

No final da tarde do mesmo dia ficou o registro da viagem feita pelo jovem antes do sumiço misterioso. “A última corrida dele, entre 17h e 18h em Porto Alegre, é fundamental na investigação”, adiantou. O aplicativo já repassou os dados da rota à equipe policial. “Está sendo extremamente esclarecedor”, admitiu.

Sobre um chinelo encontrado na tarde de terça-feira em um matagal na beira da freeway, em Glorinha, a delegada Roberta Bertoldo explicou que será preciso confirmar se efetivamente pertence ao jovem conforme a família acredita. Um sinal do celular dele havia indicado o local. Já o Fiat Grand Siena, de cor vermelha, conduzido por Paulo Júnior da Costa, ainda não foi localizado.

Na manhã desta sexta-feira, a prima do jovem desaparecido, Cleiva Costa, manifestou esperança apesar de que “até agora nada” surgiu sobre o paradeiro dele. De acordo com ela, os familiares e amigos prosseguem com buscas próprias, inclusive na região de Glorinha. Ela observou também o recebimento de muitas denúncias falsas. “Tem bastante e está atrapalhando muito. Isso é muito ruim”, lamentou.

Morador em Guaíba e estudante de Engenharia Mecânica na Uniritter, Paulo Junior da Costa desapareceu após mensagem enviada pelo Whatsapp sobre uma suposta corrida até Pelotas, enviada à namorada dele em torno das 19h de segunda-feira. Com um erro de português e digitada por uma sequência de palavras e pontos finais, o texto despertou a desconfiança de que não havia sido escrito por ele.

A mãe, Neiva Amador, suspeita que foi feita por uma outra pessoa ou redigida sob pressão. “Pela mensagem vimos que não era ele. Para um menino que faz Engenharia...não bate”, declarou a mãe na última quarta-feira quando esteve na DP de Guaíba. Na ocasião, ela assegurou também que jamais o filho realizaria uma viagem para Pelotas e principalmente na véspera de Ano Novo.

O pai Flávio Paulo da Costa, tentou igualmente contato na mesma noite do sumiço, tendo pedido inclusive para trazer um saco de carvão ou lenha para um churrasco. “Meu filho disse que estava indo. Foi o último contato com ele”, afirmou a mãe.

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