Confusão entre detentos da Penitenciária Estadual do Jacuí deixa feridos

Confusão entre detentos da Penitenciária Estadual do Jacuí deixa feridos

Tumulto em grupos rivais aconteceu no final da noite de sábado na casa prisional situada em Charqueadas

Gabriel Guedes

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A Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, registrou uma confusão entre detentos no final da noite de sábado. O caso aconteceu em uma das galerias, mas foi logo controlado. Pelo WhatsApp, mensagens de áudio enviadas supostamente por policiais militares, pediam reforço do policiamento no entorno, temendo um agravamento da situação. Pelo serviço de mensagens, também se espalhou o boato de que haveria presos gravemente feridos e até mesmo mortos, informação que foi desmentida pela própria Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), e pelo diretor da penitenciária, major da Brigada Militar Fabiano Henrique Dorneles, e pelo juiz da Vara de Execuções Criminais Regional da comarca de Novo Hamburgo, Carlos Fernando Noschang, que esteve inteirado da situação.

De acordo com o major, era 23h45 quando a galeria com 152 presos se dividiu em dois grupos, um deles com 110 detentos e outro com 40. Munidos com tijolos e pedaços de madeira, começaram a trocar agressões. "A briga durou uns 15 minutos. Nisso a BM interviu. Um grupo foi então para um pátio e o restante para o outro", conta Dorneles. Depois de realizada a limpeza e a verificação das instalações, 37 dos apenados não quiseram retornar para o mesmo local e necessitaram ser alocados em outras galerias. Os presos ficaram feridos sem gravidade. A confusão, segundo apurou Noschang, foi uma disputa pelo poder nesta galeria.

A PEJ é a segunda maior casa prisional do estado. Está projetada para receber 1.422 condenados, mas possui hoje uma população carcerária de 2.648, somando os apenados do regime semi-aberto, que ficam no anexo da estrutura. Há uma semana, no dia 29 de março, detentos da Penitenciária Estadual de Santana do Livramento promoveram um motim em um dos pavilhões, inclusive com alguns dos condenados subindo no telhado e ateando fogo em colchões. Houve também intervenção da Brigada Militar, que chegou a usar munição não-letal para dispersar a confusão, causada por causa da restrição a entrada de alguns tipos de sacolas com alimentos.

A PEJ é a segunda maior casa prisional do estado. Foi projetada para receber 1.422 condenados, mas possui hoje uma população carcerária de cerca de 2,6 mil, somando os apenados do regime semi-aberto, que ficam no anexo da estrutura. Há uma semana, no dia 29 de março, detentos da Penitenciária Estadual de Santana do Livramento promoveram um motim em um dos pavilhões, inclusive com alguns dos condenados subindo no telhado e ateando fogo em colchões. Houve também intervenção da Brigada Militar, que chegou a usar munição não-letal para dispersar a confusão, causada por causa da restrição a entrada de alguns tipos de sacolas com alimentos.


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