Corpo de idoso encontrado em geladeira em Sergipe é de professor gaúcho

Corpo de idoso encontrado em geladeira em Sergipe é de professor gaúcho

Ex-companheira de Celso Adão Portella disse que encontrou o homem morto em casa em 2016 e, por medo, escondeu o corpo

Correio do Povo

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Durante o cumprimento de uma reintegração de posse em um apartamento no bairro Suíssa, em Aracaju, nessa quarta-feira (20), a polícia sergipana encontrou o corpo de um homem dentro de uma geladeira. A Polícia Civil (PC) de Sergipe confirma que o corpo é de Celso Adão Portella, que hoje teria 80 anos. Portella é gaúcho e, segundo a PC, era professor universitário aposentado. Ele possuía formação na área do Direito e atuou também como jornalista.

A moradora do apartamento, que seria companheira de Portella, foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e maus-tratos de uma criança. De acordo com a delegada Roberta Fortes, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil foi acionado com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher teria cortado os pulsos no momento em que o oficial de justiça entrou na residência. “Fomos ao bairro Suíssa e encontramos o corpo já estava em estado avançado de decomposição”, explicou.

Ainda segundo a delegada, ao chegar ao local, a mulher já tinha sido encaminhada ao hospital. Uma criança vivia em situação de maus-tratos no local onde estava o corpo. “Então, foi lavrado o flagrante pela ocultação de cadáver e pelos maus-tratos a criança”, detalhou Roberta Fortes. A criança foi entregue ao Conselho Tutelar que a encaminhou a um familiar

Segundo a delegada, a investigada narrou sua versão dos fatos. “A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, destacou Roberta Fortes.

A delegada relatou ainda que havia forte odor no apartamento em decorrência do lixo. “Tinha o mau cheiro do apartamento por ter muito lixo. Mas, os vizinhos disseram que o mau cheiro do corpo não era sentido”, complementou.

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, a apuração do caso já conta com a instauração de um inquérito policial para identificar as circunstâncias da morte e autoria do homicídio. As investigações contam com as perícias dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), vinculados à Polícia Científica.

 


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