Cracolândia perto do Foro Central de Porto Alegre ficava em uma praça

Cracolândia perto do Foro Central de Porto Alegre ficava em uma praça

Investigação do Denarc apurou também que droga era armazenada em um apartamento de um prédio próximo

Correio do Povo

Local será monitorada para impedir a volta dos traficantes

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O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil acredita que desmantelou o esquema de venda explícita de drogas nas imediações do Fórum Central de Porto Alegre, entre outros órgãos públicos, na região. O delegado Gabriel Borges observou que existia “uma cracolândia dia e noite” na praça Engenheiro Guilherme Gaudenzi, na rua Doutor Vicente de Paula Dutra. “Temos imagens que eles consumiam crack ao lado do muro do Foro Central...É uma coisa impressionante”, destacou.A operação Themis foi desencadeada ao amanhecer dessa quinta-feira.

Seis mandados judiciais de prisão preventiva e outros cinco de busca e apreensão foram cumpridos no bairro Praia de Belas e na vila Cruzeiro do Sul, no bairro Santa Tereza. Houve 11 presos e apreensão de R$ 40 mil em dinheiro, mais de 200 pedras de crack, uma prensa, anotações e um Renault Kwid. “Todas as ordens judiciais que solicitamos, cumprimos com êxito”, enfatizou o delegado Gabriel Borges.

Os usuários de crack vinham dos bairros Centro, Cidade Baixa e Praia de Belas, bem como da Redenção. “São todos moradores de rua”, constatou. “Iam tudo comprar e consumir ali na praça”, acrescentou. Segundo ele, a droga ficava armazenada em um apartamento na rua Celeste Gobbato, nas proximidades.

Entre os 11 presos está o responsável por coordenar o esquema e de dois encarregados do armazenamento, além de um olheiro. “Os outros são vendedores”, complementou o delegado Gabriel Borges. O esquema era mantido pela facção criminosa da vila Cruzeiro do Sul.

A investigação já dura dois meses. “Os moradores estavam insatisfeitos com a traficância, sendo vítimas até de crimes patrimoniais, como arrombamento de veículos. Depois, os próprios membros do Poder Judiciário nos contataram também porque não estavam mais aguentando a situação”, recordou. 

O trabalho investigativo terá prosseguimento para identificar os demais envolvidos no esquema. O delegado Gabriel Borges adiantou ainda que será mantido o monitoramento da praça Engenheiro Guilherme Gaudenzi e entorno. “Vamos saber se alguém daqui a pouco não vai tentar assumir o ponto”, disse.

Cerca de 40 agentes em 16 viaturas foram mobilizados na operação, sendo empregados os cães do canil do Denarc e o helicóptero da Divisão Operacional Aérea da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.


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