Crianças sobreviventes do ataque a creche têm alta em Blumenau, em Santa Catarina

Crianças sobreviventes do ataque a creche têm alta em Blumenau, em Santa Catarina

Já as quatro vítimas mortas estão sendo sepultadas ao longo desta quinta-feira nos cemitérios da cidade

Correio do Povo

Creche Cantinho Bom Pastor foi invadida por indivíduo armado com machadinha

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As quatro crianças sobreviventes, que ficaram feridas no ataque a creche Cantinho Bom Pastor, tiveram alta na manhã desta quinta-feira do Hospital Santo Antônio de Blumenau. Todas passaram antes por exames e avaliação médica e já estão em casa com as famílias. Uma delas apresenta uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente.

“O HSA agradece todo o apoio que a comunidade e imprensa dispensaram com a instituição nesse momento. O sentimento de todos os colaboradores é de missão cumprida no atendimento e acolhimento às crianças e seus familiares”, postou a instituição nas redes sociais.

Já os corpos das quatro crianças mortas com golpe de machadinha no pátio da creche estão sendo sepultados na manhã e tarde desta quinta-feira nos cemitérios de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. As despedidas têm sido marcadas por muita comoção, dor e tristeza, além do sentimento de revolta, entre familiares, amigos, coleguinhas e professores. Em um dos dois enterros pela manhã foram levados cartazes, fotos e balões brancos. Os velórios das vítimas ocorreram desde a noite de quarta-feira. Velas foram acesas e flores foram depositadas.

Investigação

O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Aurélio Pelozato da Rosa, e o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, asseguraram que foi um caso isolado o ataque na creche de Blumenau. “Estamos trabalhando na prevenção de crimes desta natureza”, garantiu o coronel Aurélio Pelozato da Rosa. “A população deve buscar informações nos canais oficiais para evitar o compartilhamento de notícias falsas”, orientou o delegado Ulisses Gabriel.

O autor do ataque, um motoboy paranaense, de 25 anos, foi preso no quartel do 10º BPM. Já na Polícia Civil, ele foi ouvido e aparentemente estava calmo durante a oitiva. O titular da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria de Investigação Criminal (Deic), delegado Anselmo Cruz, revelou à reportagem da NDTV que o criminoso apresentou uma “versão fantasiosa” como motivação e que compreendia a gravidade e a seriedade do crime cometido.

Sobre um eventual “surto psicótico” por parte do suspeito, o delegado Anselmo Cruz não confirmou a hipótese e justificou que precisará de exames psicológicos para determinar a condição.

O inquérito policial, sob responsabilidade da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau, já foi aberto e apura as circunstâncias que indicam a motivação, planejamento e execução do crime. A quebra judicial de sigilo telefônico e telemático, inclusive das redes sociais, já foi solicitada à Justiça.

Já o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) enviou três promotores de Justiça para Blumenau. A intenção é dar suporte e auxiliar nas investigações sobre o ataque à creche pela Polícia Civil. O MPSC acompanhou os depoimentos das testemunhas e a oitiva do autor do crime.


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