Decretada prisão de merendeira que envenenou alunos

Decretada prisão de merendeira que envenenou alunos

Funcionária de escola na zona Sul de Porto Alegre confessou ter colocado raticida na comida

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Justiça decreta prisão de merendeira que envenenou alunos

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O Tribunal de Justiça do Estado determinou, no fim da noite desta sexta-feira, a prisão preventiva da merendeira de 23 anos que confessou ter colocado veneno para rato no almoço de 39 alunos, professores e funcionários da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates, no bairro Belém Velho, na zona Sul de Porto Alegre, na última quinta-feira. Segundo o delegado Cléber Lima, responsável pelo caso, a prisão deve ser feita pela manhã.

No depoimento, a funcionária disse não ter tido motivos para cometer o crime, alegou problemas psicológicos e confirmou ter despejado dois sacos pequenos da substância raticida Nitrosin no estrogonofe servido às crianças.

Ela foi contratada há três semanas, em caráter emergencial, e foi uma das pessoas hospitalizadas após comer a refeição. O delegado vai indiciá-la por tentativa de homicídio doloso (com intenção). Após o depoimento, a merendeira foi liberada.

O último aluno internado por intoxicação recebeu alta na tarde de ontem do Centro de Saúde Lomba do Pinheiro, na zona Leste. Parte dos pacientes intoxicados realizou ontem novos exames preventivos no centro da Lomba do Pinheiro e outros o farão no centro Bom Jesus, no domingo.

A Secretaria de Educação de Porto Alegre não informou o resultado dos exames. A pasta define na próxima segunda-feira a data do retorno das aulas. Segundo a diretora da instituição, a tendência é que pais e alunos sejam preparados psicologicamente para voltar às aulas. Ela confirmou que a escola não tem câmeras de segurança.

Envenenamento de comida

Alunos, funcionários e professores da Escola de Ensino Fundamental Pacheco Prates foram levados para pronto atendimentos da região na última quinta-feira, depois que uma professora desconfiou de grânulos de cor rosa na comida do almoço, um estrogonofe. Algumas pessoas reclamaram de mal-estar e dores de cabeça e barriga.

A titular da Delegacia de Polícia Volante, delegada Clarissa Demartini, informou que foram encontrados pequenos sacos contendo um aparente veneno de rato e uma tesoura na cozinha da instituição. Na sexta-feira, a delegada confirmou que a substância é o raticida Nitrosin.

Segundo o setor de pediatria do Pronto Atendimento da Lomba do Pinheiro, o produto pode alterar a coagulação do sangue, gerando sangramentos de diversos níveis de gravidade.

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