Defesa de sargento preso com 39 kg de cocaína pede ao Tribunal Militar habeas corpus

Defesa de sargento preso com 39 kg de cocaína pede ao Tribunal Militar habeas corpus

Advogado pede a soltura de Manoel Silva Rodrigues argumentando "não teve acesso" ao número do Inquérito Policial Militar

AE

Sargento de 39 anos está lotado no Grupo de Transporte Especial da FAB

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O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, defensor do segundo-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 kg de cocaína na comitiva do presidente Jair Bolsonaro na Espanha, apresentou, nesta sexta-feira um pedido de habeas corpus ao Superior Tribunal Militar (STM). O advogado pede a soltura argumentando "não teve acesso" nem ao número do Inquérito Policial Militar (IPM) nem ao processo. Silva Rodrigues é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à delegação brasileira na reunião do G-20, no Japão.

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Na petição, o advogado solicita à Corte Militar a concessão de uma liminar que determine o acesso aos autos. Segundo a defesa, o ministro que foi sorteado para analisar o pedido foi Péricles Aurélio Lima de Queiroz. Klomfahs argumenta que essa situação "mitiga o direito de defesa constitucionalmente assegurado" de Rodrigues e que, por isso, o segundo-sargento sofre "constrangimento ilegal".

Segundo o documento, a defesa do militar enviou e-mail ao Comando da Aeronáutica em Brasília na segunda-feira, dia 8, solicitando o número do processo e ou do IPM para se habilitar nos autos. A investigação corre sob sigilo. No dia seguinte, o coronel responsável pelo inquérito informou ao advogado a circunscrição, a auditoria e o nome do juiz-auditor do processo, mas não teria indicado o número dos autos, segundo alega Klomfahs.

A defesa indica que fez nova solicitação, via endereços da secretaria da 2.ª auditoria militar da 11.ª circunscrição, mas não obteve acesso ao teor da acusação até o ajuizamento do habeas corpus. O texto argumenta que houve "omissão" do juiz-auditor, indicando que "instado por meio de seu e-mail institucional, quedou-se inerte". No pedido de soltura, Klomfahs pede que o juiz seja notificado a prestar informações. No início de julho a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o sargento e apurar eventuais ligações do militar com narcotraficantes, além das circunstâncias que propiciaram a obtenção da droga.


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