Defesa do atropelador de ciclistas tentará desqualificar denúncias do MP

Defesa do atropelador de ciclistas tentará desqualificar denúncias do MP

Ricardo Neis responderá por 17 tentativas de homicídio

Jerônimo Pires / Rádio Guaíba

Defesa do atropelador de ciclistas tentará desqualificar denúncias do MP

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A defesa do servidor do Banco Central, Ricardo Neis, de 47 anos, irá tentar desqualificar algumas das 17 denúncias de tentativa de homicídio feitas, nesta segunda-feira, pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul. O advogado Jair Jonco, no entanto, não quis detalhar como vai proceder na ação. Neis atropelou de um grupo de ciclistas que fazia manifestação no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no dia 25 de fevereiro.

Depois de se internar em um hospital psiquiátrico na zona Sul de Porto Alegre, Neis foi reavaliado por médicos e transferido para o Presídio Central. O advogado dele, Jair Jonco, espera receber o processo na sexta-feira, e deve responder num prazo máximo de dez dias. Na denúncia, a promotora Lúcia Helena Callegari afirma que, ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, o motorista deu início ao ato de matar.

Conforme Lúcia, os crimes foram praticados por motivo fútil, tendo em vista que o denunciado demonstrou extremo egoísmo e individualismo no ato. Além disso, Neis agiu mediante meio que resultou em perigo comum, uma vez que o crime foi praticado em via pública.

O MP também destaca que o recurso utilizado dificultou a defesa das vítimas, "que trafegavam de forma distraída com suas bicicletas, quando foram atingidas pelas costas". Por esses três entendimentos, a denúncia é homicídio doloso triplamente qualificado, o que aumenta a pena, em caso de condenação. O delegado Gilbeto Montenegro disse que o entendimento do MP foi o mesmo da Polícia Civil sobre o tipo de crime.


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