Delegada que investigou morte de ex-ministro do TSE é condenada a 16 anos
Entre os crimes, Martha Borraz foi condenada por violação de sigilo e tortura
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A delegada foi responsável pelas primeiras investigações do assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a advogada Maria Carvalho Villela, mulher e da empregada da família Francisca Nascimento da Silva, caso que ficou conhecido como o Crime da 113 Sul, quadra em que a família morava, em Brasília.
Durante as investigações, a delegada foi afastada do caso após acusações de que teria plantado provas durante o inquérito para responsabilizar inocentes.
O agente da Polícia Civil José Augusto Alves, que também participou das investigações do caso, foi condenado pela prática do crime de tortura, e teve a pena fixada em 3 anos, 1 mês de 10 dias de reclusão. O outro acusado, o policial militar Flávio Teodoro da Silva, foi absolvido de todas as acusações, por ausência de provas.
Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, os réus apresentaram defesa declarando inocência. A Vara Criminal entendeu que as provas foram suficientes para comprovar as condutas criminosas da delegada e do agente da Polícia Civil, mas quanto ao policial militar, registrou que não havia as provas necessárias para ensejar sua condenação. Eles ainda podem recorrer da decisão.
Procurada, a defesa da delegada disse que não irá se manifestar.
Entenda o caso
O triplo assassinato, ocorrido em Brasília, teve como vítimas o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a advogada Maria Carvalho Villela, mulher de José Guilherme, e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva. O assassinato, conhecido como “Crime da 113 Sul”, ocorreu em agosto de 2009, na residência do casal, em Brasília. As vítimas foram encontradas mortas com 78 facadas, os corpos já estavam em estado de decomposição.
A principal suspeita de ser mandante do crime era a filha do casal Adriana Villela. Após mais de um ano de investigações, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar foram presos, após confessarem o triplo assassinato. Em 2012, os assassinos confessos do casal foram condenados a 55 anos de prisão pelo júri popular.