Delegado fala em "guerra sangrenta" após crimes em Santo Antônio da Patrulha

Delegado fala em "guerra sangrenta" após crimes em Santo Antônio da Patrulha

Polícia iniciou investigação para apurar duplo homicídio no bairro Passo dos Ramos

Eduardo Paganella / Rádio Guaíba

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A Polícia Civil deu início às investigações de um duplo homicídio e quatro tentativas de homicídio na madrugada desta quarta-feira em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte. O delegado responsável pelo caso, Valdernei Tonete, diz que os crimes têm relação com o tráfico de drogas e classificou a onda de assassinatos como uma “guerra sangrenta” entre facções criminosas.

“É uma guerra sangrenta pela hegemonia no tráfico de drogas. Esses homicídios são atribuídos à guerra do tráfico de drogas, que vem sendo travada por facções criminosas do Estado. Eles querem eliminar a concorrência. Já mataram nove pessoas neste ano, e vai morrer mais gente. Eles estão se lixando para a Polícia e para a Justiça. Hoje tem uma vítima, mas eles não querem saber de informar os matadores. Eles não acreditam na Justiça Brasileira. Eles vão fazer Justiça com as próprias mãos”, bradou o delegado.

Nos primeiros cinco meses deste ano, nove pessoas morreram em Santo Antônio da Patrulha, igualando o número de assassinatos a todo o ano de 2016. Conforme Tonete, o município conta com quatro policiais civis, quando o ideal seria ter 13 agentes.

Na madrugada de hoje, duas pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas dentro de uma residência no bairro Passo dos Ramos. Conforme informações preliminares, criminosos arrombaram a porta da residência gritando que eram policiais. Logo depois, dispararam diversas vezes e fugiram. Até o momento, ninguém foi preso. O local, segundo as investigações, serviria como ponto de tráfico e consumo de drogas da cidade e já foi alvo de diversas ações policiais.

Tio e sobrinho mortos

Na noite de segunda-feira, duas pessoas foram mortas dentro de uma casa no bairro Madre Teresa. As vítimas foram identificadas como João Pedro da Silva Conceição, de 4 anos, e o tio dele, Pedro Ramon Conceição, de 19 anos. Os criminosos estavam atrás de outra pessoa, ligada ao tráfico de drogas, mas que não estava em casa no momento do crim

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