Direção do açougue de Alvorada esclarece que não é investigada no caso da morte do vendedor

Direção do açougue de Alvorada esclarece que não é investigada no caso da morte do vendedor

Nota oficial informa que auxilia trabalho policial no que considera um "ato criminoso" e "episódio inaceitável"

Correio do Povo

Estabelecimento comercial permanece fechado

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A direção do açougue de Alvorada, onde o vendedor de lanches Wagner de Oliveira Lovato, 40 anos, foi espancado e morto na calçada, esclareceu que o estabelecimento comercial não está sendo investigado pela Polícia Civil. Uma nova nota oficial foi divulgada na manhã desta quinta-feira, sendo lamentada a morte da vítima.

“Em respeito à sua família e amigos, a loja seguirá fechada nesta semana”, comunicou. “Estamos profundamente consternados com este episódio inexplicável. Não toleramos, nem admitimos, nenhum tipo de violência”, frisou.

“Estamos adotando todas as medidas possíveis para auxiliar as autoridades na apuração das responsabilidades neste ato criminoso em frente ao estabelecimento em Alvorada. Cabe ressaltar que o açougue não está sendo investigado”, enfatizou.

“O funcionário envolvido neste episódio inaceitável, que não estava em atividade de trabalho no momento do crime, foi afastado pela empresa e está sob custódia da Polícia”, explicou.

“Desde o ocorrido, estamos buscando contato com a família da vítima para dar o suporte necessário. Compreendemos o momento de dor e de reserva e respeitamos o tempo dos familiares. Estamos à disposição para que esse diálogo aconteça”, informou a direção do estabelecimento comercial na nota oficial.

Já o titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegado Edimar Machado, afirmou que ainda não existe previsão da entrega dos laudos do Instituto-Geral de Perícias. “Seguimos trabalhando”, resumiu. Conforme o IGP, o exame realizado é o de necropsia do corpo da vítima e que poderá confirmar ou não o traumatismo craniano como causa do óbito.

Na quarta-feira, a Polícia Civil divulgou as imagens de câmeras de monitoramento que registraram o espancamento e morte de Wagner de Oliveira Lovato no final de semana passada em frente ao estabelecimento comercial, situado na avenida Presidente Getúlio Vargas. O dono do açougue não estava presente.

Houve uma discussão primeiro na entrada do açougue. Depois, a situação sai do controle na calçada, envolvendo o gerente e um amigo deste. Wagner de Oliveira Lovato é empurrado e recebe dois socos do amigo do gerente.

No segundo soco, a vítima cai no chão e permanece inconsciente. Um pisão na cabeça é então desferido pelo gerente. Populares e outros funcionários aparecem e afastam os dois acusados

O fato aconteceu noite do último sábado, após a vítima reclamar do preço da carne. Devido aos graves ferimentos sofridos nas agressões, o vendedor teve óbito na noite de domingo no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.

O corpo de Wagner de Oliveira Lovato foi sepultado na manhã da última terça-feira no São Jerônimo Cemitério Parque, no bairro Formoza, em Alvorada. Familiares e amigos prestaram as últimas despedidas. Ele deixou esposa, três filhos e uma neta.

Familiares e amigos da vítima promovem uma passeata por justiça no próximo sábado em Alvorada. A caminhada começa às 10h, com saída em frente da sede da Prefeitura de Alvorada e com término no estabelecimento comercial onde ocorreu o assassinato. O ato será pacífico, sendo incentivado o uso de balões brancos, flores e cartazes usando a frase “Justiça pelo Wagner Lovato”.


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