Diretor admite fragilidades na Pasc após fuga de apenado
Mário Luis Pelz destacou que agentes da Susepe de folga ajudaram na recaptura de detento
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"A Pasc segue sendo um presídio de alta segurança, mas é óbvio que não podemos comparar a uma penitenciária construída na década de 80 com uma federal. É até desleal. Não há como negar que ocorreram erros, mas quero deixar claro que estamos melhorando. A fuga inquietou a todos e gerou uma revolta nos servidores", afirmou em entrevista coletiva.
Pelz informou que a quarta fuga da história da Pasc, protagonizada por Carlos Evair Souza da Silva, ainda está sendo investigada. Ele destacou que os servidores da Susepe ajudaram muito na recaptura do foragido. "Não houve participação de agentes na fuga, e sim na recaptura. Alguns funcionários trabalharam mesmo em horário de folga. É bom salientar que esta foi a quarta fuga da Pasc, mas todos os apenados que fugiram foram recapturados. Sendo que dois foram em até 24 horas", acrescentou.
Silva, condenado a 98 anos de prisão pelos crimes de homicídio, latrocínio, assaltos e porte ilegal de arma de fogo, escapou durante o horário de visitas. Conforme a Brigada Militar (BM), o detento fugiu depois de fazer um buraco no primeiro muro e pular o outro. "Ele foi muito ágil ao escapar e ficou horas mergulhado em um rio, apenas com a cabeça do lado de fora da água", explicou.
Fugas da Pasc
A fuga foi a quarta da história da Pasc, considerada a mais segura do Rio Grande do Sul. Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, escapou em junho de 1999 e foi capturado, em janeiro do ano seguinte, na praia de Itaquera, em Imbituba (SC). Sandro Alexandre de Paula, de 26 anos, o Zoreia, fugiu da Pasc em junho de 2011 e recapturado no dia seguinte, dentro do terreno da Colônia Penal Agrícola de Charqueadas. Michel Bonotto fugiu em fevereiro de 2012, após trocar de lugar com o irmão, Richely, e sair pela porta da frente. Oito meses depois, ele foi recapturado em Feira de Santana, na Bahia.