Editorial: covardia em creche de Blumenau

Editorial: covardia em creche de Blumenau

Crime chocou o país nessa quarta-feira

Correio do Povo

publicidade

O país está justificadamente em choque e triste pelos lamentáveis acontecimentos de Blumenau, em Santa Catarina, onde um assassino covarde invadiu uma creche e matou quatro crianças indefesas, além de ferir mais quatro e de deixar outras delas extremamente traumatizadas. O crime foi cometido a machadinha e o malfeitor, após cometer os atos tresloucados, resolveu se entregar numa unidade da Polícia Militar daquele estado. A Polícia Civil está investigando para saber a motivação dos crimes e já se cogita que o autor das condutas deverá responder por quatro homicídios triplamente qualificados, além de tentativas de homicídios e outros delitos correlatos que podem surgir no curso das apurações.

O Correio do Povo reafirma sua linha editorial de não publicar nome e foto de autores de atentados como o de Blumenau para não lhes dar notoriedade, bem como não incentivar, ainda que de forma indesejada, esse tipo de conduta.

Neste momento, todos sabemos, nada que se diga ou que se faça poderá amenizar a dor dos pais, dos familiares e dos amigos. São vidas interrompidas na primavera da existência, com todo um potencial de vivências que jamais irá se realizar. Serão dias de dor e de luto em que, a cada momento presumido de uma conquista nunca obtida, virá à tona a angústia de não se verem cumpridos os ciclos de cada jornada pessoal, como um aniversário, uma formatura, um casamento, uma viagem, uma comemoração em família. Resta esperar que os infantes que ficaram feridos obtenham rapidamente o mais completo restabelecimento e que eles possam retomar suas atividades de forma plena e positiva.

Essa tragédia deve servir para que a sociedade e o poder público possam atuar no sentido de prevenir novas ocorrências semelhantes. Infelizmente, esse fato lamentável não é caso isolado e é preciso agir com celeridade para proteger nossos menores. Também é necessário a colaboração da comunidade para identificar qualquer sinal de atos preparatórios de delitos como esses, de forma a que as autoridades sejam rapidamente avisadas.

Não há tempo a perder para que se implementem medidas eficientes para mapear outros possíveis atentados. A inteligência policial e a criação de uma rede preventiva podem tornar as escolas mais seguras. 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895