O governador Eduardo Leite se manifestou na noite desta quarta-feira, 29, sobre a crise de segurança no Rio de Janeiro. Megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão deixou 121 mortos, segundo dados oficial do governo estadual fluminense.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Leite criticou a busca “por culpados” e a falta de soluções para combater a criminalidade. Para o governador gaúcho, o país “empurrou com a barriga” o “rumo da segurança pública”.
"O país inteiro discutindo quem errou, quando o erro é justamente a falta de rumo, a falta de coordenação, de mínima integração. Virou moda procurar culpados, os dedos são apontados para todos os lados e sobra para todo mundo. Mas enquanto o país briga para ver quem grita mais alto para tentar ganhar essa discussão, quem resolve as coisas? O crime, esse sim, em silêncio, continua trabalhando”, criticou Leite.
O governador ainda disse que para sair desse ciclo é necessário “parar de falar com raiva e começar a pensar com lucidez”. Ele enfatizou que “segurança pública não deve ser um campo de guerra ideológica”.
"É um tema que exige coragem, sim, mas demanda, igualmente, razão, estratégia, técnica para enfrentar o que muitos fingem não ver. E isso começa pela liderança”, argumentou. Leite.
O governador disse que sua administração reduziu “fortemente os indicadores de criminalidade”. “Devolvemos tranquilidade às pessoas porque estruturamos bem a governança e promovemos a maior integração já vista em todas as forças de segurança e todos os órgãos do sistema judicial. Isso só é possível quando entra na agenda do governante como prioridade”, apontou.
Leite destacou que lidera as reuniões mensais de todos os órgãos da segurança pública do RS. “Acompanhando nos detalhes os indicadores e as ações”, pontuou.
"Se a criminalidade é o maior problema do país, então é hora do Brasil dar um passo à altura da gravidade do problema. Tem que ser prioridade absoluta do Presidente de República. Se nós temos um desafio de coordenação, cabe o presidente promover um ambiente de confiança entre todas as partes para viabilizar a integração fundamental das forças de segurança num grande plano nacional”, sugeriu o governador gaúcho.
Ele ainda disse que aguardar pela PEC da Segurança não pode ser justificativa para o governo federal se eximir da sua responsabilidade.