Em novo golpe, criminosos convencem idosas a tirar fotos e as obrigam a pagar pelo serviço

Em novo golpe, criminosos convencem idosas a tirar fotos e as obrigam a pagar pelo serviço

Crime já fez 33 vítimas no Centro Histórico de Porto Alegre, causando prejuízo de R$ 50 mil

Correio do Povo

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A Polícia Civil investiga um novo golpe que está sendo aplicado contra idosos na região Central de Porto Alegre. As vítimas são aliciadas a irem até um estúdio, onde são fotografadas e obrigadas a pagar pelo serviço. Pelo menos 33 pessoas foram vítimas do golpe, que causou prejuízo de cerca de R$ 50 mil.

A Polícia Civil já identificou seis empresas responsáveis pelo crime, que são alvos, nesta terça-feira, de operação. Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em estúdios fotográficos. A ação foi batizada de 15x21 - uma referência ao tamanho das fotografias.

A investigação iniciou em agosto do ano passado, após aumentar o número de denúncias. De acordo com a Polícia Civil, em 2017, uma ocorrência de golpe contra idosos era registrada por mês, atualmente, é uma por semana.



As vítimas têm o mesmo padrão: mulheres entre 60 e 70 anos, que apresentem alguma fragilidade. Elas são abordadas – normalmente nas ruas Doutor Flores, Andradas e Voluntários - por pessoas que oferecem brindes, como fotografias, maquiagens e perfumes. Para receberem o presente, elas são convencidas a irem até estúdios fotográficos, localizados em prédios do Centro Histórico.

No local, as mulheres são maquiadas e fotografadas. Há a suspeita, inclusive, do uso de algum perfume que “confunda” as vítimas. Após as fotos, as idosas são proibidas de deixar o local sem pagar pelo serviço. Muitas se negam a pagar e são coagidas fisicamente.

Os criminosos abrem então a carteira da vítima e pegam os cartões de crédito. Segundo a Polícia, eles questionam quanto a pessoa pode pagar, mas normalmente exigem um valor superior ao informado pela vítima. Uma das mulheres pagou R$ 4,5 mil pelo serviço – sendo que a maioria das vítimas sobrevive com um salário mínimo por mês.

Foto: Álvaro Grohmann / Especial / CP

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