Ex-estagiário da Câmara confessa desvio de R$ 150 mil em Canela

Ex-estagiário da Câmara confessa desvio de R$ 150 mil em Canela

Homem de 26 anos trabalhou apenas seis meses na casa

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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Um ex-estagiário da Câmara de Vereadores de Canela, na Serra, confessou, em depoimento à Delegacia de Polícia nesta quinta-feira, ser responsável pelo desvio de R$ 150 mil do órgão. A fraude foi descoberta pelo diretor financeiro da Casa ontem e a Polícia Civil identificou que o dinheiro foi desviado para a conta do homem de 26 anos. Ele deixou o estágio em junho, após cumprir um contrato de seis meses. O caso pode culminar no afastamento de um técnico contábil, terceirizado, e do diretor financeiro da Câmara, que é concursado, por negligência.

De acordo com o delegado Luis Rogério Carvalho de Lima, o jovem comprou um Palio Weekend e gastou mais de R$ 60 mil do dinheiro desviado em festas no município e em Porto Alegre. Ele confessou que realizou cinco transações bancárias num período de três dias e disse que precisava do dinheiro.

De acordo com o diretor-geral da Câmara de Canela, Evandro Cardoso, R$ 37 mil foram recuperados ainda na quarta-feira, quando o desvio foi descoberto, e R$ 36 mil nesta quinta. Cardoso contou que, meia hora depois de deixar a delegacia, onde passou a madrugada de quinta-feira detido, o jovem ainda conseguiu fazer uma transferência eletrônica, de R$ 4 mil, para uma segunda conta pessoal, do Itaú, já bloqueada. Essa diferença só deve ser devolvida nesta sexta à Câmara de Canela.

O jovem admitiu facilidade para fazer as transferências e contou que imaginou que não seria descoberto. O automóvel foi apreendido e, ele, obrigado a devolver R$ 77 mil que ainda estavam na conta. A polícia investiga ainda se o ex-estagiário comprou outros bens e se houve motivação política nos desvios. O jovem responderá o processo em liberdade.

O diretor-geral explica que o desvio foi descoberto depois que o diretor financeiro notou que o saldo da Câmara havia caído pela metade e procurou o Banrisul para esclarecer os saques não-autorizados. Segundo Cardoso, o primeiro deles foi de R$ 5 mil, seguido por um de R$ 25 mil, dois de R$ 30 mil e um último de R$ 60 mil.

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