Família de líder do tráfico na zona Norte de Porto Alegre é alvo de Operação

Família de líder do tráfico na zona Norte de Porto Alegre é alvo de Operação

Ofensiva mira lavagem de dinheiro envolvendo parentes do traficante Red

Marcel Horowitz

Polícia Civil investiga esquema de lavagem de dinheiro em Viamão e Porto Alegre

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Familiares de um traficante conhecido como Red estão na mira do Departamento de Investigações Criminais (Deic). A chamada Operação Alerta Vermelho, deflagrada nesta quarta-feira, visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 50 milhões em menos de um ano. Segundo a corporação, empresas eram usadas para dar aparência legítima ao lucro do tráfico de drogas em Porto Alegre e Viamão.

A ação envolve mais de 130 policiais civis, cumprindo 19 mandados de busca, 79 sequestros de veículos, afastamentos de sigilos bancário, fiscal e bursátil de 31 investigados e 13 empresas.

Red é apontado como líder de uma facção no bairro Mário Quintana. A investigação aponta que o grupo do criminoso, intitulado Comando Nova Geração, chega a lucrar R$ 1 milhão por semana com a venda de drogas.

Segundo o delegado Cassiano Cabral, a família do criminoso se utilizava das empresas para reinserir a renda do tráfico no mercado formal. “Praticamente todos os familiares dele, assim como suas ex-companheiras, registraram propriedade de pelo menos uma pessoa jurídica. Essas empresas são utilizadas para mesclar capitais, permitindo a abertura de contas bancárias para movimentar dinheiro proveniente do tráfico de drogas”, destacou.
Uma revendedora de automóveis gerida pelo cunhado de Red foi alvo de buscas em Viamão. Pelo menos 64 veículos que foram vendidos teriam sido usados para lavar dinheiro. “Esses carros estão circulando pelas ruas. Já foi dado o alerta e as forças policiais vão dar ordem de parada caso esses veículos sejam avistados”, afirmou a diretora do Deic, delegada Vanessa Pitrez.

Red é considerado o foragido mais procurado de Porto Alegre. Ele não é localizado desde o final de setembro, quando abandonou a antiga organização criminosa e formou a própria quadrilha, dando início a uma guerra do tráfico no bairro Mário Quintana.

As autoridades acreditam que o criminoso pode estar escondido em outros estados ou no Paraguai. Em outubro, foi constatado que ele recebe apoio de uma facção com origem no Paraná.


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