Forças Armadas irão designar mil homens para cuidar de presídios

Forças Armadas irão designar mil homens para cuidar de presídios

Ministro da Defesa Raul Jungmann destacou que País precisava dar uma resposta à nacionalização de facções

Correio do Povo

Forças Armadas irão designar mil homens para cuidar de presídios

publicidade

A atuação das Forças Armadas em presídios do Brasil foi anunciada nessa terça-feira pelo presidente Michel Temer. Nesta quarta, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que mil homens serão designados para atuar nas penitenciárias para conter a crise no setor. Ele declarou que o governo federal precisava dar uma resposta após a mobilização de facções criminosas. 

"As grandes quadrilhas se nacionalizaram, que são os casos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho. Há a necessidade de uma resposta em âmbito nacional. A intervenção das Forças Armadas não é uma novidade porque já atuamos em Manaus e em Pernambuco. Claro que isso não ocorrerá em todo o Brasil porque falamos de mais de 2 mil unidades prisionais", explicou durante entrevista coletiva. 

Jungmann esclareceu que as prisões em que as Forças Armadas forem atuar serão de controle militar. "Quando o governador de determinado estado pede "Garantia de Lei e Ordem" (GLO) e o presidente autoriza, o comando e a coordenação passa para as Forças Armadas. Claro que trabalharemos com as autoridades locais e isso funcionou muito bem nas cidades em que fizemos esse tipo de operação. A segurança do perímetro será definida no bojo da ação", acrescentou. 

Ministério frágil 

Raul Jungmann não acredita que o Ministério da Justiça seja frágil ao não saber lidar com a crise penitenciária no Brasil. "Não vejo assim, até porque não é de responsabilidade da pasta cuidar de presídios. O ministério está como nós: apoiando os estados", observou. 

Para o ministro, a revista e a retirada de armamentos dos presídios é fundamental para facilitar o trabalho de autoridades locais. "Acho que poderemos minimizar a situação quando retirarmos as armas porque aí você reduz a letalidade da crise. Você tira ferramentas e insumos que poderiam alimentar tudo isso. Não seria como enxugar gelo porque a garantia que os armamentos não entrem nos presídios é do estado. Aquilo que for apreendido será encaminhado às autoridades locais", avisou. 



Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895