Grafites em homenagem a Marielle e Maria da Penha são refeitos no Rio
Artes tinham sido vandalizadas meses após criações
publicidade
A homenagem a Marielle e Maria da Penha foi feita por Malala, usando a técnica stencil em parceria com a grafiteira Panmela Castro. O stencil consiste no uso de uma forma com o traçado do desenho a ser pintado. Panmela é fundadora da Rede Nami, um grupo que forma grafiteiras e discute violência conta a mulher na favela Tavares Bastos, na zona sul do Rio de Janeiro.
A grafiteira disse que refazer o retrato de Marielle no muro, com o apoio da dona da casa, foi um ato de resistência. "As pessoas estão tentando abafar o que aconteceu e tirar a nossa voz, mas a gente está resistente. A gente vai refazer quantas vezes precisar", disse Panmela, que também distribuiu 600 cartazes que trazem reproduções do grafite de Marielle.
Panmela organizou o ato para refazer o grafite e teve o apoio de coletivos de mulheres lésbicas e blocos de carnaval. Mônica Benício comentou que fez questão de participar e reconstruir a homenagem com suas próprias mãos, usando a mesma técnica usada por Malala. "Queria que fosse feito com solidariedade, com afeto e com amor. Pedi a participação de blocos coletivos e das mulheres da resistência sapatão, para fazer algo com cara de Marielle, com alegria. Ela era uma pessoa que gostava muito de celebrar a vida. É fundamental para a gente dizer que vai ter resistência e que a memória da Marielle não vai ser violentada e não ser esquecida", frisou Mônica.