Grupo envolvido em falsificação de assinaturas tinha informações privilegiadas, diz delegado

Grupo envolvido em falsificação de assinaturas tinha informações privilegiadas, diz delegado

Firma de dois policiais civis foi usada para a retirada de veículos de pátios do Detran

Eduardo Amaral

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A Polícia Civil realizou entra essa segunda e esta terça-feira em Gravataí e Cachoeirinha a terceira etapa da operação Impostore, que investiga a atuação de uma quadrilha que falsificava assinaturas de delegados para retirar veículos de pátios do Detran do Rio Grande do Sul. O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DRLD), Adriano Nonnenmacher, relatou que a quadrilha teria informações privilegiadas e por isso o envolvimento de servidores públicos não está descartado. 

Nesta fase, os policiais civis cumpriram a ordem de bloquear os bens de seis pessoas suspeitas de integrar a quadrilha que retirou carros apreendidos em ações anteriores da Corporação. Contas e um imóvel também foram colocados em indisponibilidade. 

Nonnenmacher comentou que a ação do grupo se dividia em duas partes. Enquanto uns eram responsáveis por apresentar a documentação no Detran, outros ficavam com o planejamento do golpe. "Chegamos, em uma segunda etapa, aos mentores, esses já com vários antecedentes criminais”, acrescentou. Para aplicar o golpe, o grupo chegou a falsificar a assinatura de dois delegados.

A quadrilha conseguiu retirar cinco veículos, sendo três de ações realizadas pelo próprio Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc). Um caminhão que foi retirado pelos criminosos ainda não foi encontrado. A Polícia Civil acredita que o veículo esteja fora do Rio Grande do Sul ou até mesmo em outro país. 


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