Grupo miliciano construía e alugava imóveis, diz promotora
Suspeitos de envolvimento em esquema paramilitar tomavam posse de terrenos vazios
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A promotora disse, durante coletiva, que o grupo agia tomando pedaços de terra vazios, principalmente durante a noite, e antes mesmo de acabar a construção, colocava pessoas morando ali para atrapalhar a ação do poder público.
"Gravações interceptadas captaram conversas em que eles dizem pros moradores que não precisam pagar nem água, nem luz, nem gás, e o aluguel ficar por R$ 1,2 mil, por exemplo, naquele ponto".
Um dos principais locadores de imóveis seria o principal dirigente da Associação de Moradores e Amigos de Rio das Pedras, que seguia foragido até o início da tarde. Na sede da associação, os investigadores encontraram documentos que faziam menção a pagamento de juros e cobrança de aluguel em nome do presidente da associação.
"Foram encontrados nas buscas documentos de empréstimos e muita documentação de venda e locação de imóvel, em que ele, o próprio Beto, seria o próprio locador, ou seja, o credor desses valores a título de aluguel", explicou a promotora.
As investigações sobre o grupo começaram em 2015, quando um ex-integrante da quadrilha foi assassinado. Segundo a promotora, a execução foi motivada porque a vítima teria cometido um assassinato na região, chamando a atenção das autoridades policiais para o local. Com isso, o homem foi morto com um tiro na cabeça na própria cama.