Incêndio que matou cinco detentos em penitenciária de Rio Grande foi criminoso, diz Susepe
Presos do regime semiaberto provocaram um curto circuito
publicidade
O incêndio que atingiu, na madrugada desta quinta-feira, a Penitenciária Estadual de Rio Grande, no Sul do Estado, foi criminoso. De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), os presos provocaram um curto circuito, que causou as chamas.
• Em 18 dias, cinco presídios gaúchos são atingidos por incêndio
O fogo causou a morte de cinco presos e deixou ainda sete presos feridos e um agente penitenciário que foram levados para atendimento no Pronto Socorro. Dois detentos que não se sentiram bem foram atendidos na Unidade Básica de Saúde instalada no local. Quatro dos feridos vão para ala de referência de queimados da Santa Casa e três seguem em observação.
Segundo laudo preliminar da perícia o incêndio foi criminoso no alojamento um, aonde ocorreram três tentativas de iniciar o incêndio. Já no alojamento dois, também atingido ainda não foi confirmado se houve outra tentativa de incêndio ou se o fogo se espalhou.
Conforme o delegado da 5ª delegacia penitenciária regional, Fernando Zacotegui Brito Matias, a justiça determinou que fossem colocados em saída temporária por sete dias aqueles presos que possuem o direito. Até o início da tarde 145 dos 168 detentos do albergue haviam sido liberados. “Apesar de dois dos cinco alojamentos terem sido atingidos pelo fogo, os outros tão sujos, por isto a medida afetou tantos presos dos regimes aberto”, explica.
As chamas iniciaram no alojamento um do semiaberto – onde 42 presos cumpriam pena - e se espalhou para a ala 2, onde havia 49 detentos. De acordo com a Susepe, os presos da ala atingida serão realocados para outras áreas do próprio presídio. A Superintendência instaurou um inquérito criminal para investigar os envolvidos no caso.
Ainda no domingo, houve um princípio de incêndio no albergue – área do semiaberto – da penitenciária. Por volta das 5h05min, um curto circuito atingiu a instalação elétrica do alojamento um do anexo do presídio. Os Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atenderam 17 presos, que inalaram fumaça. Na ocasião, não houve danos na estrutura do anexo.
