Inquérito sobre o assassinato de taxista de Rolante é remetido para a Justiça
Cinco dos sete investigados foram indiciados por homicídio qualificado com os agravantes de emboscada, tortura e motivo torpe
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O inquérito sobre o assassinato do taxista Sérgio Jaime Bernardes, de 64 anos, de Rolante, foi remetido ao Poder Judiciário pela Polícia Civil. Cinco dos sete investigados já foram indiciados, sendo que quatro por homicídio qualificado com os agravantes de emboscada, tortura e motivo torpe, além de organização criminosa com aumento de pena por emprego de arma de fogo e utilização de adolescente.
“O quinto foi indiciado apenas por posse ilegal de arma de fogo”, afirmou o delegado Vladimir Medeiros, responsável pela DP de Rolante, que detalhou o andamento do caso na manhã desta terça-feira.
Segundo ele, três dos indiciados encontram-se presos e outros dois estão foragidos. Já um adolescente envolvido no crime pode ter a internação decretada a qualquer momento. O inquérito tem mais de 100 páginas, mas ainda aguarda laudos periciais.
O delegado Vladimir Medeiros acrescentou que o trabalho investigativo quer “chegar às lideranças, aos mandantes”. Ele lembrou que os envolvidos fazem parte de uma conhecida facção criminosa atuante na região do Vale do Rio dos Sinos. Confirmou ainda que a morte do taxista não o objetivo inicial dos assassinos. “Ainda mantemos o sigilo com relação a esse ponto, mas já está claro que a vítima não era o alvo. Sabemos quem era o alvo...era alguém das relações da vítima”, resumiu.
O taxista Sérgio Jaime Bernardes havia desaparecido na tarde do dia 28 de março em Rolante. Ele dirigia o táxi Chevrolet Spin que teve a frente cortada por um Ford Focus na Estrada do Morro da Figueira, em um ponto distante em torno de meio quilômetro da ERS 474, na zona rural do município. O veículo da vítima foi mais tarde encontrado abandonado na região do Morro da Figueira, no interior de Santo Antônio da Patrulha.
No último dia 6, o corpo carbonizado do taxista foi encontrado dentro do Ford Focus incendiado na rua Primavera, no bairro Rio Branco, sob o viaduto da rodovia BR 448 (Rodovia do Parque). Ele foi torturado e morto em uma casa em Portão, onde chegou a ser enterrado em uma cova no meio do matagal antes de ser colocado no Ford Focus e deixado em Canoas.
