Integrantes da facção gaúcha Os Manos têm prisões preventivas decretadas pela Justiça do Uruguai
Suspeitos foram alvos de operações deflagradas desde o começo deste ano no país vizinho
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Integrantes da facção gaúcha Os Manos, do Vale do Rio dos Sinos, tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça do Uruguai. A presença da organização criminosa no país vizinho já foi tema de uma reportagem do Correio do Povo em março deste ano.
Em janeiro deste ano, as forças policiais do Departamento de Tacuarembó realizaram a operação Felino. Com as informações obtidas, a operação Felino II foi então realizada em março. Um dos alvos, um gaúcho, era o responsável por enviar equipes para se instalarem em diferentes cidades na região Norte do Uruguai, procurando casas e pessoas para trabalhar nelas, controlando os diversos pontos de venda de drogas da cidade para obter o monopólio da comercialização de entorpecentes.
Com a identificação de todos os envolvidos, um total de 12 ações foram realizadas em Tacuarembó, Rivera e Minas de Corrales. Houve a apreensão de 119.888 pesos, 103 dólares, 86 gramas de pasta base em forma de pedra, 148 doses de pasta base, 41 gramas de cocaína e 795 gramas de maconha, além de 18 telefones celulares, três televisores, duas aparelhagens de som, duas motos e um automóvel.
O trabalho investigativo resultou na prisão de 11 pessoas, incluindo os três integrantes diretos da facção gaúcha. Agora, a Justiça determinou as ordens judiciais contra os suspeitos, sendo sete prisões preventivas, duas prisões domiciliares com monitoramento eletrônico, uma internação de menor de idade e uma condenação.
De acordo com as autoridades uruguaias, as evidências obtidas permitiram determinar que membros da facção Os Manos forneciam entorpecentes a vários pontos de venda na região, usando estradas locais e rotas nacionais para viajar a partir de Rivera, na fronteira com a cidade gaúcha de Santana do Livramento.
Em Porto Alegre, o diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, delegado Carlos Wendt, destacou a ofensiva contra a facção gaúcha no país vizinho. "Ressaltamos a importância da integração entre as polícias dos dois países, possibilitando a troca de informações sobre a identificação e ações criminosas desses indivíduos. Essa parceria tem possibilitado a responsabilização criminal tanto no Brasil quanto no Uruguai", frisou.
