Investigação de incêndio de ônibus em Guaíba termina com 25 presos

Investigação de incêndio de ônibus em Guaíba termina com 25 presos

Fogo foi provocado por criminosos em retaliação à atuação da Brigada Militar

Correio do Povo

Coletivo foi atacado na Estrada do Conde e ficou totalmente destruído pelo fogo

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O ataque incendiário contra um ônibus na Estrada do Conde, em Guaíba, ocorrido na tarde do dia 14 de outubro deste ano, resultou na prisão de 24 integrantes de um grupo criminoso. No últimos dia 15, os agentes da DP de Guaíba realizaram várias ações para capturar os envolvidos. A investigação apurou que o incêndio no coletivo, da empresa Expresso Assur, foi praticado em retaliação à atuação da Brigada Militar no bairro Ipê, que, na véspera do fato, havia realizado prisões e apreensões de drogas e armas.

Segundo a delegada Karoline Calegari, o inquérito apurou que a quadrilha é liderada por um apenado que possui antecedentes por homicídios e roubos. Além de comandar o tráfico de drogas na região, o detento seria responsável também por ordenar assaltos e roubos de veículos na região Metropolitana, entre outros crimes.

A titular da DP de Guaíba afirmou ainda que a organização criminosa tinha uma estrutura interna bem definida. “Havia quem atuava como braço armado, responsáveis pelo cometimento de crimes violentos, tais como roubos, homicídios e o controle no bairro, ameaçando e coagindo pessoas a auxiliar de alguma forma a organização criminosa. Expulsando moradores de suas casas para usá-las como ponto de tráfico, dissipando, de forma violenta, conflitos no bairro para evitar a aproximação das forças de segurança no local, fazendo a segurança dos pontos de tráfico e até mesmo obrigando moradores a protestarem, contra a sua vontade, contra a atuação da Brigada Militar”, explicou.

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, ressaltou que a quadrilha contava com “apoiadores e auxiliares, responsáveis por guardar armas e outros materiais ilícitos, bem como para fornecer pouso, refeições e esconderijo para os integrantes do grupo, em especial para criminosos de outras cidades que vinham para Guaíba a mando do líder da organização para praticarem algum delito”.

O trabalho investigativo confirmou que o ônibus foi incendiado por dois homens, sendo que um deles estava com uma arma de fogo e determinou que todos do veículo descessem, enquanto o cúmplice, com um galão de material inflamável, ateou fogo no coletivo. Por sorte, não houve feridos.


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