Jornalista gaúcho encontrado morto dentro de geladeira em Aracaju foi vítima de queda, diz perícia

Jornalista gaúcho encontrado morto dentro de geladeira em Aracaju foi vítima de queda, diz perícia

Corpo de Celso Adão Portella foi localizado no apartamento da ex-companheira em setembro

Marcel Horowitz

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A Secretaria de Segurança Pública do Sergipe divulgou nesta segunda-feira que a morte do jornalista e advogado gaúcho Celso Adão Portella foi causada por um traumatismo craniano, após uma queda da própria altura. A pasta também revelou que ele estava morto há cerca de sete anos.

Em setembro, o corpo dele foi encontrado dentro de uma geladeira durante uma ordem de despejo em Aracaju. Se estivesse vivo, Celso teria 80 anos.

De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal do Sergipe, Victor Barros, não foi possível determinar se a queda foi espontânea ou se Celso foi empurrado. “Havia uma fissura na parte frontal do crânio, indicando que ele teve um traumatismo decorrente de uma possível queda. Visto que a fissura era diminuta, não poderia ter sido causada por um instrumento contundente”, afirmou.

O perito destacou ainda que o jornalista sofria de doença de Parkinson. Ele também tinha mobilidade reduzida por conta de uma prótese no joelho.

O exame não detectou vestígios de formol no cadáver. Segundo a Polícia Civil sergipana, a temperatura da geladeira contribuiu para a conservação do corpo.

Ex-companheira nega homicídio

Nascido em Ijuí, no Norte gaúcho, Celso Adão Portella atuou em diversas emissoras de rádio no RS, nas décadas de 1970 e 1980. Ele teve quatro filhos e deixou o estado em 2001.

O radialista teve o corpo descoberto no dia 20 de setembro, durante o cumprimento de uma ordem de despejo. O cadáver foi localizado por um oficial de justiça e por um homem contratado para fazer a retirada dos móveis do local.

A moradora do apartamento, ex-companheira de Portella, recebeu voz de prisão em flagrante por ocultação de cadáver e maus-tratos a uma menina de quatro anos, filha dela, que vivia no local.

A mulher está internada em um hospital de custódia psiquiátrica e vai passar por uma avaliação em janeiro. Ela nega ter assassinado o gaúcho.

“Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, destacou a delegada Roberta Fortes, do Departamento de Homicídios.


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