José Otávio Germano nega que policiais tenham localizado cocaína em sua residência

José Otávio Germano nega que policiais tenham localizado cocaína em sua residência

Prefeito afastado de Cachoeira do Sul também afirmou não ter cometido as ilegalidades investigadas na Operação Fandango

Marcel Horowitz

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O prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano (PP) negou que a substância encontrada por policiais em sua residência fosse cocaína.  Afastado do cargo desde a última quinta-feira, durante investigações do Ministério Público do RS (MPRS) sobre supostas fraudes em licitações, o político se disse violentado e também negou participação em "qualquer ilegalidade". 

Segundo a Polícia Civil, que atuou em conjunto com o MPRS na chamada Operação Fandango, uma pequena quantidade de cocaína foi localizada durante buscas na casa de Germano. O prefeito afastado, no entanto, afirma que a substância era pó pelotense. 

Em nota enviada ao portal O Correio, ele destaca que utiliza o produto em feridas e assaduras, por recomendação médica. "Confundiram pó pelotense com droga, pois utilizo em minhas feridas e assaduras por recomendação médica. Pedi para fazerem o teste ou algo do tipo e não quiseram fazer. Já saíram me acusando. Ao lado de onde eles encontraram a suposta droga que eles falam estavam os potes dos pós pelotenses, o que comprova que nunca teve droga alguma", enfatiza o comunicado.

Ainda na manifestação, Germano também ressalta que jamais exigiu vantagens enquanto prefeito e relata não ter sido informado sobre o conteúdo do inquérito no qual é investigado. O político, por fim, classifica a operação como "política e midiática", relatando que se sente perseguido. 
 
Operação Fandango

Na última quinta-feira, Polícia Civil e Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Cachoeira do Sul, nas Secretarias Municipais de Administração e Fazenda, Interior e Transportes, Meio Ambiente e Obras, bem como em residências de agentes públicos, agentes privados e empresários. 

A buscas integram a Operação Fandango, que apura fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva e a prática de crimes de responsabilidade. Conforme o MP, as investigações preliminares apontam que havia um ajuste entre as empresas contratadas e administradores locais, no sentido de receberem parcelas derivadas dessas licitações, valores esses que eram utilizados no custeio de despesas pessoais de administradores

Também foram cumpridos mandados de afastamento das funções de agentes públicos, com proibição de frequentar as dependências do Poder Executivo local, bem como de manter qualquer espécie de contato com os demais suspeitos. 

Confira a nota divulgada por José Otávio Germano:

Divulgação / José Otávio Germano


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